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ID
543844
Banca
FCC
Órgão
INFRAERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Na formulação dos planos diretores e no planejamento territorial de uso do solo, deve-se considerar que

I. a drenagem é um fenômeno de abordagem local e especializado.

II. a supressão de várzeas inundáveis, naturais ou não, implica sua relocação para jusante.

III. o planejamento da macrodrenagem deve ser multidisciplinar e compatibilizado com outros planos e projetos dos demais serviços públicos.

IV. um plano de drenagem urbana, para ser abrangente, deve compreender, dentre outras atividades, o levantamento das características físicas da bacia de drenagem, notadamente daquelas que influenciam os deflúvios (run-off).

É correto o que consta em

Alternativas
Comentários
  • Na mesma linha de pensamento do trabalho de Cruz, Tucci e Turckenicz (2001), Canholi (2005, p. 27), enfatiza que “a drenagem urbana é também uma questão de alocação de espaços: a supressão de várzeas inundáveis, naturais ou não, implica sua relocação para jusante, e o mesmo se aplica à áreas de infiltração via impermeabilização”.

    Uma estratégia essencial para a obtenção de soluções eficientes para os problemas de drenagem urbana é a elaboração de planos diretores de drenagem. Neste sentido, planos de drenagem urbana que visem apenas à execução de obras de controle tenderão ao fracasso, visto que o problema estará apenas sendo transferido de um local para outro. A macrodrenagem compõe a infra-estrutura urbana, logo deve estar compatibilizada com os demais planos de desenvolvimento urbano do município, principalmente com os relacionados ao abastecimento de água, resíduos sólidos e esgotamento sanitário (CANHOLI, 2005). 

    (i) Através de medidas que possuem aspectos substancialmente técnicos de engenharia, como a retificação de rios, canalização e execução de condutos subterrâneos, dentre outros. O princípio destas medidas baseia-se, conforme coloca Alves (2005, p.48), “nos hidrogramas gerados, não agindo sobre as causas (fontes) do hidrograma”, ou seja, estas medidas possuem o caráter de resolução do problema de forma localizada, o que faz com que as inundações acumulem-se à jusante da bacia. São consideradas MEDIDAS ESTRUTURAIS CONVENCIONAIS, pois se efetivam a partir da execução de obras de engenharia visando apenas a resolução do problema de maneira automática e localizada.

    (ii) Com a execução de obras de engenharia que, associadas ou não aos sistemas tradicionais de drenagem (canalizações), visam incrementar os processos de retardamento do escoamento, seja por meio de mecanismos que propiciam a infiltração da água das chuvas no solo ou por meio de estruturas de retenção dos escoamentos. Nos dois casos, a intenção é a de diminuir os picos de vazão por meio conveniente de armazenamento do deflúvio (CANHOLI, 2005). Estas medidas são denominadas MEDIDAS ESTRUTURAIS NÃO CONVENCIONAIS OU COMPENSATÓRIAS.

    (iii) Por medidas de proteção e métodos de minimização dos riscos das enchentesdefinidos por equipamento legal de planejamento físico das áreas sujeitas a ocorrência dos problemas das inundações. Estas medidas são baseadas em leis e regulamentos que visam a redução dos riscos de inundação de áreas urbanas, estando desta forma agindo nas causas do problema. São consideradas MEDIDAS NÃO ESTRUTURAIS, pois a baseiam-se em MEDIDAS LEGAIS DE PLANEJAMENTO URBANO.