Pleonasmo - expressão/repetição com finalidade de reforçar uma ideia;
“Chovia uma triste chuva de resignação”
Repetição enfática ou redundância de um termo que soa “desnecessário” no discurso, o qual pode ser utilizado intencionalmente (pleonasmo literário) como figura de linguagem, ou por desconhecimento das normas gramaticais (pleonasmo vicioso), nesse caso um vício de linguagem.
O pleonasmo faz parte do conjunto das Figuras de Sintaxe ou Figuras de Construção, que correspondem a um grupo das figuras de linguagem - ao lado das figuras de pensamento, figuras de palavras e figuras de som.
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Gabarito:D.
FIGURAS DE PALAVRAS
5.O pleonasmo é caracterizado pela repetição de ideias no mesmo enunciado, gerada pelo uso de termos diferentes que, no entanto, produzem o mesmo significado. Quando a redundância é feita de maneira proposital, o pleonasmo é um recurso estilístico.
1. Metáfora: comparação com valor conotativo ( o conectivo fica implícito)
Ex.:
I – Murcharam-lhe (assim como murcham as flores) os entusiasmos da mocidade.
II – Sempre sou eu (como) a estrela matutina. Se o conectivo for explícito, há símile.
III – A noite é (como) um manto negro sobre o mundo.
2. Catacrese: figura de linguagem que se refere a uma metáfora que já foi absorvida pela linguagem, de tanto ser utilizada. Ex.: "dente de serrote".
Ex.:
I – Embarcou naquele avião gigantesco. Embarcar é entrar em um barco.
II – Enterrou-lhe a faca no peito. Enterrar é colocar debaixo da terra.
3. Metonímia: substituição que se baseia numa relação lógica de significado entre dois termos.
Ex.:
I – Ela detesta ler Machado de Assis. Ninguém lê uma pessoa.
II – Bebeu dois copos cheios de cerveja artesanal. Ninguém bebe um copo.
III – O Brasil poderia gritar: “Fora, corruptos!” O Brasil não grita. A linguagem é conotativa. Os brasileiros poderiam gritar – as pessoas foram substituídas pelo país onde elas estão.
IV – Abriu uma torneira do banheiro para lavar o sono do rosto. (L. F. Veríssimo). O sono não pode ser lavado, o que se lava é o efeito do sono que estava no rosto.
V – Graham Bell permitiu que a humanidade se comunicasse melhor. Apenas uma pessoa não permitira que a humanidade se comunicasse melhor: houve a troca do invento pelo inventor, o telefone permitiu que a humanidade se comunicasse melhor.
4. Perífrase/Antonomásia: mais palavras em vez de menos (circunlóquio).
Ex.:
I – A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece normas importantes.
Em lugar de Lei Complementar n. 101 – perífrase. A construção périfrásica também é chamada de circunlóquio porque circula, mais palavras do que menos.
II – O ex-caçador de marajás apresentou ideias contestáveis. Poderia utilizar Collor ou Fernando Collor. Essa construção perifrásica é chamada de antonomásia porque faz referencia a pessoa.
A antonomásia fará sempre referência a pessoa, diferentemente da perífrase, que pode fazer referência a qualquer coisa. Toda antonomásia é uma perífrase, mas nem toda perífrase é uma antonomásia.
''Faça da dificuldade a sua motivação.''