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ID
5438950
Banca
OMNI
Órgão
Prefeitura de Salesópolis - SP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.

Poema só para Jaime Ovalle
Quando hoje acordei, ainda fazia escuro
(Embora a manhã já estivesse avançada).
Chovia.
Chovia uma triste chuva de resignação
Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da
noite.
Então me levantei,
Bebi o café que eu mesmo preparei,
Depois me deitei novamente, acendi um cigarro e
fiquei pensando...
- Humildemente pensando na vida e nas mulheres
que amei.
Manuel Bandeira, in “Antologia", pág.198.
Disponível em:
https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios
gramatica/exercicios-sobre-adjunto-adverbial.htm.
Acesso em: 05 ago. 2021.

Considerando o verso “Chovia uma triste chuva de resignação”, assinale a alternativa CORRETA conforme a leitura do poema.

Alternativas
Comentários
  • Pleonasmo - expressão/repetição com finalidade de reforçar uma ideia;

    Chovia uma triste chuva de resignação”

    Repetição enfática ou redundância de um termo que soa “desnecessário” no discurso, o qual pode ser utilizado intencionalmente (pleonasmo literário) como figura de linguagem, ou por desconhecimento das normas gramaticais (pleonasmo vicioso), nesse caso um vício de linguagem.

    O pleonasmo faz parte do conjunto das Figuras de Sintaxe ou Figuras de Construção, que correspondem a um grupo das figuras de linguagem - ao lado das figuras de pensamento, figuras de palavras e figuras de som.

    https://www.todamateria.com.br/figuras-de-sintaxe/

  • Gabarito:D.

    FIGURAS DE PALAVRAS

    5.O pleonasmo é caracterizado pela repetição de ideias no mesmo enunciado, gerada pelo uso de termos diferentes que, no entanto, produzem o mesmo significado. Quando a redundância é feita de maneira proposital, o pleonasmo é um recurso estilístico.

    1. Metáfora: comparação com valor conotativo ( o conectivo fica implícito)

    Ex.:

    I – Murcharam-lhe (assim como murcham as flores) os entusiasmos da mocidade.

    II – Sempre sou eu (como) a estrela matutina. Se o conectivo for explícito, há símile.

    III – A noite é (como) um manto negro sobre o mundo.

    2. Catacrese:  figura de linguagem que se refere a uma metáfora que já foi absorvida pela linguagem, de tanto ser utilizada. Ex.: "dente de serrote".

    Ex.:

    I – Embarcou naquele avião gigantesco. Embarcar é entrar em um barco.

    II – Enterrou-lhe a faca no peito. Enterrar é colocar debaixo da terra.

    3. Metonímia: substituição que se baseia numa relação lógica de significado entre dois termos.

    Ex.:

    I – Ela detesta ler Machado de Assis. Ninguém lê uma pessoa.

    II – Bebeu dois copos cheios de cerveja artesanal. Ninguém bebe um copo.

    III – O Brasil poderia gritar: “Fora, corruptos!” O Brasil não grita. A linguagem é conotativa. Os brasileiros poderiam gritar – as pessoas foram substituídas pelo país onde elas estão.

    IV – Abriu uma torneira do banheiro para lavar o sono do rosto. (L. F. Veríssimo). O sono não pode ser lavado, o que se lava é o efeito do sono que estava no rosto.

    V – Graham Bell permitiu que a humanidade se comunicasse melhor. Apenas uma pessoa não permitira que a humanidade se comunicasse melhor: houve a troca do invento pelo inventor, o telefone permitiu que a humanidade se comunicasse melhor.

    4. Perífrase/Antonomásia: mais palavras em vez de menos (circunlóquio).

    Ex.:

    I – A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece normas importantes.

    Em lugar de Lei Complementar n. 101 – perífrase. A construção périfrásica também é chamada de circunlóquio porque circula, mais palavras do que menos.

    II – O ex-caçador de marajás apresentou ideias contestáveis. Poderia utilizar Collor ou Fernando Collor. Essa construção perifrásica é chamada de antonomásia porque faz referencia a pessoa.

    A antonomásia fará sempre referência a pessoa, diferentemente da perífrase, que pode fazer referência a qualquer coisa. Toda antonomásia é uma perífrase, mas nem toda perífrase é uma antonomásia.

    ''Faça da dificuldade a sua motivação.''

  • GABARITO: D

    Pleonasmo é uma figura de linguagem usada para intensificar o significado de um termo através da repetição da própria palavra ou da ideia contida nela.

    No poema de Manuel Bandeira, na frase, "Chovia uma triste chuva de resignação", o autor ao usar a palavra chuva, repete a ideia já contida no verbo chover (chovia chuva). Essa repetição foi usada para reforçar a expressividade do verbo chover.

    Fonte: https://www.significados.com.br/pleonasmo/

  • Tratando-se do ilustre Manuel Bandeira, difícil dizer que ele colocou esse trecho de forma não intencional.

    Letra D