SóProvas


ID
5440210
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Colômbia - SP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o fragmento do poema a seguir de Cruz e Souza.

Antífona
Ó Formas alvas, brancas, Formas claras
De luares, de neves, de neblinas!
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras

Formas do Amor, constelarmante puras,
De Virgens e de Santas vaporosas...
Brilhos errantes, mádidas frescuras
E dolências de lírios e de rosas ...

Indefiníveis músicas supremas,
Harmonias da Cor e do Perfume...
Horas do Ocaso, trêmulas, extremas,
Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...

Visões, salmos e cânticos serenos,
Surdinas de órgãos flébeis, soluçantes...
Dormências de volúpicos venenos
Sutis e suaves, mórbidos, radiantes...

Infinitos espíritos dispersos,
Inefáveis, edênicos, aéreos,
Fecundai o Mistério destes versos
Com a chama ideal de todos os mistérios.

Do Sonho as mais azuis diafaneidades
Que fuljam, que na Estrofe se levantem
E as emoções, todas as castidades
Da alma do Verso, pelos versos cantem.
[...]
(CRUZ E SOUZA, In: MOISÉS, Massaud.)

Pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GAB: B

    Partindo do pressuposto de que trata-se de um poema, regado de subjetividade, tudo fica mais fácil.

    • Minha humilde análise:

    A) Forma direta? Acredito que não, fica claro que a intenção do autor não é descrever algo de forma direta, mas deixar no ''ar'' um quê de subjetividade.

    C) Metalinguagem? Trata-se de falar de poema por meio de um poema, não vejo isso nesse exemplar.

    D) Claro e compreensível? Novamente, entendo que o autor tentar deixar o texto mais subjetivo, não o direcionando especificamente.

    Curiosidade: Cruz e Souza fez parte do movimento Simbolista, caso o candidato soubesse disso poderia ter mais facilidade.