- ID
 - 5444335
 - Banca
 - CESPE / CEBRASPE
 - Órgão
 - PM-AL
 - Ano
 - 2021
 - Provas
 - Disciplina
 - Português
 - Assuntos
 
   A sociedade que não proporciona liberdade — direito do 
homem que reconhece a ele o poder de escolha nos diversos 
campos da vida social — aos seus membros, a rigor, não se 
justifica. A liberdade, ainda que não absoluta, é meta e essência 
da sociedade. 
   São extremos: de um lado, a utópica sociedade perfeita, ou 
seja, essencialmente democrática, liberal e sem injustiças 
econômicas, educacionais, de saúde, culturais etc. Nela, a 
liberdade é absoluta. Do outro lado, a sociedade imperfeita, 
desigual, não democrática, injusta, repleta dos mais graves vícios 
econômicos, de educação, de saúde, culturais etc. Nesta, a 
liberdade é inexistente. 
   Entre os extremos está a sociedade real, a de fato, a 
verdadeira ou efetiva, aquela na qual os problemas econômicos, 
educacionais, de saúde, culturais etc. existem em infinitos níveis 
intermediários. 
   As três sociedades — perfeita, imperfeita e real — 
“existem”, cada qual com a sua estabilidade interna de 
convivência, de forma que os seus membros experimentam 
relações entre si com a liberdade possível. Quanto mais 
imperfeita é a sociedade, menos liberdade os indivíduos possuem 
e maior é a tendência de convivência impossível. Na outra ponta, 
quanto mais a sociedade está próxima da perfeição, mais 
próximos da liberdade absoluta estão os indivíduos. Há a 
convivência ótima. 
   A sociedade real, por seu turno, pode ter maior ou menor 
segurança pública. Numa sociedade real, a maior segurança 
pública possível é aquela compatível com o equilíbrio dinâmico 
social, ou seja, adequada à convivência social estável. Não mais e 
não menos que isso. Logo, para se ter segurança pública, há que 
se buscar constantemente alcançar e preservar o equilíbrio na 
sociedade real pela permanente perseguição à ordem pública.
  D’Aquino Filocre. Revisita à ordem pública. In: Revista de Informação Legislativa, Brasília, out.–
dez./2009. Internet: <senado.leg.br> (com adaptações).
        A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item.
No trecho “a rigor, não se justifica” (primeiro período do 
primeiro parágrafo), o vocábulo “se” poderia ser empregado 
depois da forma verbal, reescrevendo-se corretamente o 
trecho da seguinte forma: a rigor, não justificasse.