Resposta certa:
D No capitalismo concorrencial, a questão social, por regra, era objeto da ação estatal na medida em que motivava um auge de mobilização trabalhadora, ameaçava a ordem burguesa ou, no limite, colocava em risco global o fornecimento da força de trabalho.
“A questão social não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção mais além da caridade e repressão”.
Portanto, a questão social é uma categoria que expressa a contradição fundamental do modo capitalista de produção. Contradição, esta, fundada na produção e apropriação da riqueza gerada socialmente: os trabalhadores produzem a riqueza, os capitalistas se apropriam dela. É assim que o trabalhador não usufrui das riquezas por ele produzidas.
No processo histórico do desenvolvimento capitalista, em especial na sua fase monopolista, encontraremos os alicerces para compreender a emergência do Serviço Social. Este período expressa uma vinculação da profissão as demandas construídas no complexo das contradições produzidas pelo conjunto das relações sociais de produção e reprodução da sociedade comum a esta fase.
É justamente na emergência do capitalismo monopolista que o Estado burguês se vê chamado a intervir na “questão social”, administrando suas expressões e garantindo a preservação e o controle da força de trabalho. Essa intervenção estatal se dá mediante exigências econômico-sociais, mas também por conta do protagonismo político-social das camadas trabalhadoras, aliando-se a isso o dinamismo político e cultural que passou a permear a sociedade burguesa, com as diferenciações no interior da estrutura de classes.
FONTE: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/180070/101_00137.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Referência: Capitalismo Monopolista e Serviço Social - Netto.
a) no positivismo a questão social não é vista em seu conjunto macroscópico, em sua relação com as contradições sociais, e sim, no âmbito da moral.
b) se o Estado reconhecesse que a questão social é fruto do capitalismo, ele tbm reconheceria a necessidade de ultrapassa-lo, e sabemos que não é isso que acontece. De acordo com Netto: "a intervenção estatal sobre a “questão social” se realiza com as características que já anotamos, fragmentando-a e parcializando-a. E não pode ser de outro modo: tomar a “questão social” como problemática configuradora de uma totalidade processual especifica é remete-la concretamente à relação capital/trabalho – o que significa, liminarmente, colocar em xeque a ordem burguesa"
c) A refuncionalização do Estado ocorre no capitalismo Monopolista, que é posterior ao concorrencial. Nesse estágio, o Estado aparece como mediador de interesses.
d) GABARITO.