SóProvas


ID
5466451
Banca
FGV
Órgão
TCE-PI
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

O manual de drenagem de rodovias do DNIT prevê estruturas de drenagem de diversos tipos: de transposição de talvegues, superficial, do pavimento, profunda e de travessia urbana.
Um exemplo de drenagem profunda ou subterrânea, usada em conjunto com bermas estabilizadoras com o objetivo de facilitar o pré-adensamento de solos moles, cuja remoção do corpo estradal seria economicamente inviável, é o emprego de:

Alternativas
Comentários
  • COMPLEMENTAÇÃO:

    Ainda, vamos definir os demais elementos citados nas alternativas, separadamente, e conforme o que consta no Manual de Drenagem de Rodovias do DNIT.

     

    I)  drenos sub-horizontais;

    Os drenos sub-horizontais são aplicados para a prevenção e correção de escorregamentos nos quais a causa determinante da instabilidade é a elevação do lençol freático ou do nível piezométrico de lençóis confinados. No caso de escorregamentos de grandes proporções, geralmente trata-se da única solução econômica a se recorrer (DNIT, 2006).

    São constituídos por tubos providos de ranhuras ou orifícios na sua parte superior, introduzidos em perfurações executadas na parede do talude, com inclinação próxima à horizontal

     

    II)  valetas de proteção de cortes;

    As valetas de proteção de cortes têm como objetivo interceptar as águas que escorrem pelo terreno natural a montante, impedindo-as de atingir o talude de corte.

     

    As valetas de proteção serão construídas em todos os trechos em corte onde o escoamento superficial proveniente dos terrenos adjacentes possa atingir o talude, comprometendo a estabilidade do corpo estradal.

     

    Deverão ser localizadas proximamente paralelas às cristas dos cortes, a uma distância entre 2,0 a 3,0 metros. O material resultante da escavação deve ser colocado entre a valeta e a crista do corte e apiloado manualmente.

     

    III)  camadas drenantes;

    O objetivo das camadas drenantes é drenar as águas, situadas a pequena profundidade do corpo estradal, em que o volume não possa ser drenado pelos dreno "espinha de peixe".

     

    São usadas:

    a) nos cortes em rocha;

     

    b) nos cortes em que o lençol freático estiver próximo do greide da terraplenagem;

     

    c) na base dos aterros onde houver água livre próximo ao terreno natural;

     

    d) nos aterros constituídos sobre terrenos impermeáveis.

    A remoção das águas coletadas pelos colchões drenantes deverá ser feita por drenos longitudinais.

     

    IV)  drenos profundos.

    Os drenos profundos têm por objetivo principal interceptar o fluxo da água subterrânea através do rebaixamento do lençol freático, impedindo-o de atingir o subleito.

    Os drenos profundos são instalados, preferencialmente, em profundidades da ordem de 1,50 a 2,00 m, tendo por finalidade captar e aliviar o lençol freático e, consequentemente, proteger o corpo estradal.

    Devem ser instalados nos trechos em corte, nos terrenos planos que apresentem lençol freático próximo do subleito, bem como nas áreas eventualmente saturadas próximas ao pé dos taludes.

     

    FONTE: (TEC CONCURSOS)

  • A eventual necessidade de executar um trecho rodoviário com aterros sobre depósitos de solos moles, tais como: siltes ou argilas orgânicas, argilas sensíveis e turfas pode representar problemas de solução difícil e onerosa e, a fim de reduzir os custos de implantação, deve-se realizar cuidadoso exame do assunto na fase de projeto (DNIT, 2006).

    De acordo com o Manual de Drenagem de Rodovias, entre a extensa gama de soluções possíveis de utilização, que vão da remoção do solo por escavação ou deslocamento até as técnicas construtivas, ou seja, velocidade de construção controlada, pré-adensamentobermas estabilizadoras, etc., aparecem:

     

    • os drenos verticais de areia;
    • drenos cartão; e
    • drenos fibro-químicos.

     

    Os drenos verticais de areia consistem, basicamente, na execução de furos verticais penetrando na camada de solo compressível, nos quais são instalados cilindros com material granular de boa graduação.

     

    A compressão decorrente expulsa a água dos vazios do solo o que, aliado ao fato de que normalmente a permeabilidade horizontal é menor que a vertical, faz com que se reduza o tempo de drenagem. 

     

    Dentre as soluções citadas por este manual, apenas os DRENOS VERTICAIS são apresentados dentre as alternativas da questão.

  • Venho pro qc ver um comentário diferente e me deparo, na maioria das vezes. com comentários dos professores do tec, e isso sem indicá-los como fonte

  • A drenagem consiste numa prática que objetiva escoar o excesso de água de terrenos utilizando elementos como tubulações, canais, valas, etc. De modo gera, a drenagem é dividida em microdrenagem e macrodrenagem.

     

    Tratando-se da drenagem de rodovias, a principal referência é o Manual de Drenagem de Rodovias do DNIT (Brasil, 2006). Em sua 3, ele fixa que a “drenagem superficial de uma rodovia tem como objetivo interceptar e captar, conduzindo ao deságue seguro, as águas provenientes de suas áreas adjacentes e aquelas que se precipitam sobre o corpo estradal, resguardando sua segurança e estabilidade.”

     

    Por sua vez, a drenagem subterrânea (ou profunda) visa escoar as águas que se infiltram no solo, formando lençóis subterrâneos.

     

    Acerca dos dispositivos citados elas alternativas, o Manual de Drenagem de Rodovias do DNIT (Brasil, 2006) estabelece que

     

    - Drenos sub-horizontais: “são aplicados para a prevenção e correção de escorregamentos nos quais a causa determinante da instabilidade é a elevação do lençol freático ou do nível piezométrico de lençóis confinados. No caso de escorregamentos de grandes proporções, geralmente trata-se da única solução econômica a se recorrer”;

     

    - Valetas de proteção de cortes: elas são elementos de drenagem superficial que “têm como objetivo interceptar as águas que escorrem pelo terreno natural a montante, impedindo-as de atingir o talude de corte”;

     

    - Drenos verticais: “a eventual necessidade de executar um trecho rodoviário com aterros sobre depósitos de solos moles, tais como: siltes ou argilas orgânicas, argilas sensíveis e turfas pode representar problemas de solução difícil e onerosa e, a fim de reduzir os custos de implantação, deve-se realizar cuidadoso exame do assunto na fase de projeto. Entre a extensa gama de soluções possíveis de utilização, que vão da remoção do solo por escavação ou deslocamento até as técnicas construtivas, ou seja, velocidade de construção controlada, pré-adensamento, bermas estabilizadoras, etc., aparecem os drenos verticais de areia, drenos cartão e os drenos fibro-químicos”;

     

    - Camadas drenantes: possui como objetivo “drenar as águas, situadas a pequena profundidade do corpo estradal, em que o volume não possa ser drenado pelos drenos "espinha de peixe”;

     

    - Drenos profundos: visam “interceptar o fluxo da água subterrânea através do rebaixamento do lençol freático, impedindo-o de atingir o subleito. Os drenos profundos são instalados, preferencialmente, em profundidades da ordem de 1,50 a 2,00m, tendo por finalidade captar e aliviar o lençol freático e, consequentemente, proteger o corpo estradal”.

     

    Portanto, o dispositivo de drenagem profunda, empregado em conjunto com bermas estabilizadoras para facilitar o pré-adensamento de solos moles, é o dreno vertical. Logo, a alternativa C está correta.

     

    Gabarito do professor: letra C.

     

    Brasil. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Diretoria de Planejamento e Pesquisa. Coordenação Geral de Estudos e Pesquisa. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Manual de drenagem de Rodovias. 2. ed. Rio de Janeiro, 2006.