Aprimorando...: São sinais característicos de lesões ante mortem:
Sinais macroscópicos:
Hemorragia: equimoses, hematomas, bossas sanguíneas, hemorragias internas e externas só ocorrem quando a pessoa está viva.
Coagulação sanguínea: logo após a morte o sangue pode coagular dentro dos vasos, mas após seis horas do óbito, devido a degradação dos fatores de coagulação, o sangue não coagula mais fora dos vasos.
Retração dos tecidos: não ocorre após a morte como conseqüência da perda de elasticidade dos tecidos.
Reação inflamatória: passadas 12 horas entre os momentos de lesão e do exame, as bordas começam a apresentar os primeiros sinais clínicos evidentes da infflamação como o edema; passadas 24 horas, podem aparecer crostas; e 36 horas a secreção purulenta, se ocorrer infecção no ferimento e o início da epitelização da lesão.
mbolias gordurosas: desprendimento de gordura quando ocorre uma fratura de ossos longos.
Embolias gasosas: produzidas por bolhas de ar intravascular pela depressão brusca dos escafrandros e mergulhadores.
Formação de bossas linfáticas (“galos”): deslocamento do tecido celular subcutâneo provoca derrame linfático no local. Ex. no couro cabeludo forma uma bossa ou popularmente denominado como “galo”.
Monóxido de carbono (CO) no sangue: a vítima respirou em uma atmosfera com baixas quantidades de oxigênio e altas de gás carbônico derivados de incêndios ou combustões imperfeitas (de carros).
Espasmo cadavérico: contratura muscular instantânea e persistente, observada nos casos de lesões abruptas de extensas áreas do sistema neural ou no óbito ocorrido sob estímulos de estressores intensos.
Provas microscópicas:
Prova de Verderau: determinação de leucócitos/hemácias no foco da lesão e em qualquer uma outra parte do corpo afastada dele.
Prova histológica: verificação microscópica da presença de um infiltrado ou exsudato leucocitário em volta de lesão.
Avaliação histopatológica:
4-8 horas: infiltração de leucócitos neutrófilos polimorfonucleares.
12 horas: presença de monócitos
48 horas: máximo de exsudação (em traumatismos assépticos)
30 dia: crescimento epitelial, proliferação de fibroblastos e neoformação vascular (capilares de neoformação).
40 a 50 dia: aparecimento de fibras colágenas
70 dia: tecido fibroso cicatricial (nas lesões de pequena extensão).rova histoquímicas enzimáticas: aumento de algumas enzimas como a fosfatase alcalina, fosfatase ácida, aminopeptidade, esterase e ATP-ase podem auxiliar na estimativa da idade em horas da lesão, variando de 1 a 8 horas.
Provas bioquímicas: análise quantitativa da presença de histamina ou serotonina presentes em traumas teciduais, no entanto, só são reconhecíveis se realizadas até uma hora antes da morte e estão presentes no corpo até 5 dias após a morte.