SóProvas


ID
5494441
Banca
OBJETIVA
Órgão
Prefeitura de Venâncio Aires - RS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Acordar uma hora mais cedo pode reduzir o risco de depressão em 23%, sugere estudo


    Se você é daquelas pessoas que não têm hora para dormir – ou que, com trabalho e estudos on-line, a um clique de distância, desencanou de acordar cedo –, talvez seja bom revisar sua rotina de sono. Um novo estudo descobriu que levantar da cama apenas uma hora antes que o habitual pode reduzir o risco de depressão em 23%.

    A pesquisa, realizada por cientistas da Universidade do Colorado, em Boulder, e do Instituto Broad, de Harvard e do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets), conseguiu sólidas evidências de que o cronotipo influencia no risco de depressão. Ela também está entre as primeiras pesquisas a quantificar as mudanças necessárias nos horários de dormir e despertar para trazer melhorias _____ saúde mental.

    Cronotipo é o que se costuma chamar de “relógio biológico” – a sincronização dos nossos ritmos circadianos. É que o nosso cérebro produz alguns hormônios essenciais para o funcionamento do corpo dependendo da exposição _____ luz solar, como a melatonina, responsável por induzir o sono. É por isso que algumas pessoas são mais dispostas de dia e outras _____ noite: elas têm cronotipos diferentes. 

    Estudos anteriores já mostraram que quem demora a ir para (e sair da) cama tem duas vezes mais possibilidade de sofrer de depressão do que aqueles que despertam no comecinho do dia, independentemente das horas dormidas.

    Segundo a pesquisa, pessoas com predisposições genéticas para acordar mais cedo têm menor risco de sofrer com a depressão. Além disso, quanto mais cedo se deita para dormir, menor o risco de apresentar a doença. Eles estimaram que, se uma pessoa for dormir uma hora mais cedo que o habitual, há 23% menos risco de depressão; se antecipar o sono em duas horas, a redução pode chegar a 40%.

    Por enquanto, ainda não está claro o que pode explicar esse efeito, mas algumas pesquisas sugerem que acordar mais cedo faz com que a pessoa obtenha maior exposição _____ raios solares, o que influenciaria positivamente o humor. Outra causa possível é que os matutinos estão de acordo com os horários estabelecidos socialmente, enquanto a galera “da noite” pode se sentir em constante desalinhamento com o restante das pessoas.


(Site: Abril - adaptado.)

Considerando-se os vícios de linguagem, no período “Eu lhe abracei.”, temos um exemplo de: 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito na alternativa D

    Solicita-se indicação do tipo de vício encontrado em:

    “Eu lhe abracei.”

    Verifica-se erro na regência da forma verbal "abraçar", que não rege preposição, devendo estar acompanhada de pronome que assuma função de objeto direto (eu o abracei).

    A) Barbarismo.

    Incorreta. O barbarismo é o erro no uso, grafia ou pronúncia de um termo.

    B) Anacoluto.

    Incorreta. O anacoluto é uma figura de construção que consiste na quebra sintática da frase.

    C) Zeugma.

    Incorreta. O zeugma é uma figura de construção que consiste na elipse de um termo já citado anteriormente.

    D) Solecismo.

    Correta. O solecismo é o vício que consiste em problema na construção da frase, normalmente em nível sintático (concordância, regência, colocação, etc.).

    E) Braquilogia.

    Incorreta. É figura de estilo que consiste no emprego de uma estrutura mais simples em substituição a uma construção mais complexa.

  • Leia-se o fragmento:

    "Eu lhe abracei."

    O verbo "abraçar" é transitivo direto, de modo que a função de complemento verbal só pode ser desempenhado por pronomes oblíquos que exercem essa função — no caso em tela, o pronome "o" ou "a". O pronome "lhe" só desempenha a função de objeto indireto. Assim sendo, há erro de regência verbal, este que é encerrado pelo vício de linguagem denominado solecismo. Existem três tipos: regencial, pronominal e de concordância.

    a) Barbarismo.

    Incorreto. É o vício de linguagem que consiste em usar uma palavra errada quanto à grafia, pronúncia, significação, flexão ou formação. Assim sendo, divide-se em: gráfico, ortoépico, prosódico, semântico, morfológico e mórfico.

    Gráficos: hontem, proesa, conssessiva, aza, por: ontem, proeza, concessiva e asa.

    Ortoépicos: interresse, carramanchão, subcistir, por: interesse, caramanchão, subsistir.

    Prosódicos: pegada, rúbrica, filântropo, por: pegada, rubrica, filantropo.

    Semânticos: Tráfico (por tráfego) indígena (como sinônimo de índio, em vez de autóctone).

    Morfológicos: cidadões, uma telefonema, proporam, reavi, deteu, por: cidadãos, um telefonema, propuseram, reouve, deteve.

    Mórficos: antidiluviano, filmeteca, monolinear, por: antediluviano, filmoteca, unlinear. 

    b) Anacoluto.

    Incorreto. O anacoluto é uma figura de sintaxe que define o rompimento da estruturação lógica da oração. Exs.:

    “O relógio da parede, eu estou acostumado com ele.” (Rubem Braga)

    “Essas criadas de hoje, não se pode confiar nelas.” (Aníbal Machado)

    “Eu, não me importa a desonra do mundo.” (Camilo Castelo Branco)

    “Almas penadas, isso nem era bom falar.” (Monteiro Lobato)

    “Os meus primos, esses ninguém podia com eles.” (José Lins do Rego)

    “O meu avô, nunca o vi rezando.” (José Lins do Rego)

    c) Zeugma.

    Incorreto. É uma figura de linguagem e uma variação de elipse, diferindo desta porque no zeugma há expressão anterior do termo e é marcado, em geral, pela vírgula. Exs.:

    “Nem ele entende a nós, nem nós a ele.” (Camões)

    “A rua é a artéria; os passantes, o sangue.” (Monteiro Lobato)

    “Comer tudo era impossível; deixar no prato, impolidez.” (Monteiro Lobato)

    d) Solecismo.

    Correto. Vide comentário inicial;

    e) Braquilogia.

    Incorreto. É uma figura de sintaxe que define o emprego de uma expressão curta equivalente a outra mais ampla ou de estruturação mais complexa. Ex.: "Estudou como estudaria se fosse passar" em lugar de "Estudou como se fosse passar".

    Letra D

  • Revisão:

    Gabarito D

    "Eu lhe abracei."

    O verbo "abraçar" é transitivo direto, de modo que a função de complemento verbal só pode ser desempenhado por pronomes oblíquos que exercem essa função — no caso em tela, o pronome "o" ou "a". O pronome "lhe" só desempenha a função de objeto indireto. Assim sendo, há erro de regência verbal, este que é encerrado pelo vício de linguagem denominado solecismo. Existem três tipos: regencial, pronominal e de concordância.

    a) Barbarismo.

    Incorreto. É o vício de linguagem que consiste em usar uma palavra errada quanto à grafia, pronúncia, significação, flexão ou formação. Assim sendo, divide-se em: gráfico, ortoépico, prosódico, semântico, morfológico e mórfico.

    Gráficos: hontem, proesa, conssessiva, aza, por: ontem, proeza, concessiva e asa.

    Ortoépicos: interresse, carramanchão, subcistir, por: interesse, caramanchão, subsistir.

    Prosódicos: pegada, rúbrica, filântropo, por: pegada, rubrica, filantropo.

    Semânticos: Tráfico (por tráfego) indígena (como sinônimo de índio, em vez de autóctone).

    Morfológicos: cidadões, uma telefonema, proporam, reavi, deteu, por: cidadãos, um telefonema, propuseram, reouve, deteve.

    Mórficos: antidiluviano, filmeteca, monolinear, por: antediluviano, filmoteca, unlinear. 

    b) Anacoluto.

    Incorreto. O anacoluto é uma figura de sintaxe que define o rompimento da estruturação lógica da oração. Exs.:

    “O relógio da parede, eu estou acostumado com ele.” (Rubem Braga)

    “Essas criadas de hoje, não se pode confiar nelas.” (Aníbal Machado)

    “Eu, não me importa a desonra do mundo.” (Camilo Castelo Branco)

    “Almas penadas, isso nem era bom falar.” (Monteiro Lobato)

    “Os meus primos, esses ninguém podia com eles.” (José Lins do Rego)

    “O meu avô, nunca o vi rezando.” (José Lins do Rego)

    c) Zeugma.

    Incorreto. É uma figura de linguagem e uma variação de elipse, diferindo desta porque no zeugma há expressão anterior do termo e é marcado, em geral, pela vírgula. Exs.:

    “Nem ele entende a nós, nem nós a ele.” (Camões)

    “A rua é a artéria; os passantes, o sangue.” (Monteiro Lobato)

    “Comer tudo era impossível; deixar no prato, impolidez.” (Monteiro Lobato)

    d) Solecismo.

    Correto. Vide comentário inicial;

    e) Braquilogia.

    Incorreto. É uma figura de sintaxe que define o emprego de uma expressão curta equivalente a outra mais ampla ou de estruturação mais complexa. Ex.: "Estudou como estudaria se fosse passar" em lugar de "Estudou como se fosse passar".