DISPARO INEFICAZ:o esforço inspiratório do paciente não é suficiente para disparar o ventilador3 . Pode ocorrer por ajuste inadequado da sensibilidade ou por fatores do paciente, como fraqueza da musculatura respiratória, depressão do comando neural, presença de hiperinsuflação dinâmica (auto-PEEP) ou tempo inspiratório mecânico prolongado maior que o tempo neural do paciente.3,4 Identificação: clinicamente, percebe-se o esforço inspiratório do paciente tocando seu tórax ou abdome, observando que o mesmo não se acompanha de um ciclo fornecido pelo ventilador5,6. A figura 1A mostra como identificar essa assincronia com as curvas do ventilador.
COMO MANEJAR? a sensibilidade deve ser ajustada para o valor mais sensível possível evitando-se, porém o auto-disparo, ou ainda modificar o tipo de disparo de pressão para fluxo ( geralmente mais sensível). Na vigência de auto-PEEP, uma PEEP extrínseca pode ser titulada de 70- 85% da auto-PEEP, verificando-se os efeitos sobre a assincronia3 . Durante a pressão de suporte (PSV), pode-se tentar a redução dos níveis de pressão administrados ou o aumento da % do critério de ciclagem4 . Na modalidade pressão-controlada (PCV) pode-se tentar reduzir o tempo inspiratório e na volume-controlada (VCV), aumentar o fluxo inspiratório ou diminuir a pausa.