A questão é de sintaxe e quer que classifiquemos o sujeito da oração em destaque no trecho: "E quando alguém briga então se diz: ROMPERAM-SE OS LAÇOS". Vejamos:
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A) Sujeito Indeterminado.
Errado.
Sujeito indeterminado: quando o sujeito não está expresso na oração. Ex.: Atropelaram uma senhora na rua. (Quem atropelou a senhora? Não se sabe!)
Pode ser construído de duas formas:
a) Verbo na 3ª pessoa do plural (ELES), sem referência.
Ex.: Passaram na prova.
b) Verbo na 3ª pessoa do singular + SE
1º caso: VTI + SE + PREPOSIÇÃO: Ex.: Precisa-se de professores.
2º caso: VI + SE (+ advérbio): Ex.: Estuda-se muito aqui.
3º caso: VL + SE: Ex.: É-se feliz naquela cidade.
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B) Sujeito Simples.
Certo. Na ordem direta, temos: os laços romperam-se (= foram rompidos). "Os laços" é o sujeito simples (núcleo: "laços").
Sujeito simples: possui um só núcleo. Ex.: O menino estuda muito. ("menino" é núcleo)
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C) Sujeito Inexistente.
Errado.
Sujeito inexistente ou oração sem sujeito: são orações constituídas apenas de predicado. Os verbos utilizados nas orações sem sujeito são denominados impessoais. São usados sempre na 3ª pessoa do singular e, se acompanhados de verbos auxiliares, transmitem a eles sua impessoalidade. Ex.: Faz 10 anos que me formei (e não fazem 10 anos...). Vai fazer 15 anos que ministro aula (e não vão fazer). São casos de oração sem sujeito: verbo “haver” no sentido de “ocorrer, fazer, existir, realizar-se, acontecer - O FERA”; verbos que indicam fenômenos da natureza (chover, relampejar, ventar, nevar, gear, amanhecer, escurecer, esquentar...); e os verbos fazer, passar, ser e estar, com referência ao tempo (Hoje fez muito calor. Era no mês de maio. Passava de cinco horas da tarde. Abria a janela, se estava calor).
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D) Sujeito Oculto.
Errado.
Sujeito desinencial, elíptico, oculto ou implícito: é expresso pela desinência verbal, está subentendido. Ex.: Estivemos em São Paulo. (Quem esteve? "Nós")
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Gabarito: Letra B
GABRITO: B.
"ROMPERAM-SE OS LAÇOS"
Nota-se que o verbo é V.T.D - ROMPER - Quem rompe, rompe alguma coisa - Diante disso, passo a possuir uma estrutura chamada "passiva sintética" (verbo + pronome SE + sujeito paciente), onde o verbo transitivo direto não pede um complemento (O.D), mas sim, um sujeito paciente (P.A). Todavia, se o verbo fosse V.T.I, tal estrutura anteriormente apresentada, não seria possível, já que iriamos possuir uma P.I.S (partícula de indeterminação do sujeito), ou seja, sujeito indeterminado.
Entendendo que tal verbo é V.T.D e que a estrutura se resume em uma "passiva sintética", não teria mais porque transpassar a frase para a voz direta ativa, já que o agente da passiva é o sujeito na frase ativa.
→ ROMPERAM-SE OS LAÇOS. (passiva)
→ OS LAÇOS FORAM ROMPIDOS. (ativa). / Quem foi rompido ? Os laços. / Sujeito simples.
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Teremos uma P.A (Sujeito paciente).
VTD + SE
VTDI + SE
Teremos um P.IS (Partícula de indeterminação do sujeito)
VTI + SE
VI + SE
VL + SE
VTD + O.D.preposicionado + SE
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Estrutura da voz passiva analítica :
Sujeito paciente + Verbo auxiliar (verbo ser/estar) + particípio + preposição + agente da passiva [complemento do verbo].
- O gato foi retirado da árvore pelo bombeiro
Estrutura da voz passiva sintética:
verbo + pronome “se” + sujeito paciente.
Estrutura da voz ativa:
Sujeito agente + Verbo transitivo direto + Complemento
- Os autores fazem considerações importantes
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► Sujeito determinado - Quando é possível identifica-lo.
a - Simples - Possui apenas um núcleo
Exemplo: "As crianças" beberam toda a aguá. / Quem bebeu? / Crianças.
b - Composto - Possui dois ou mais núcleo.
Exemplo: "Crianças e adultos" tomaram toda a aguá. / Quem tomou? Crianças e adultos.
c - Elíptico - Quando é identificado pela desinência do verbo.
Exemplo: Tomamos toda a aguá / Quem tomou? NÓS.
► Oração sem sujeito
a - Verbos que exprimem fenômenos da natureza.
Exemplo: Choveu muito ontem.
b - Verbo HAVER (sentido de existir e acontecer)
Exemplo: Havia poucas pessoas na reunião.
c - Verbo HAVER e FAZER (indicando tempo transcorrido)
Exemplo: Faz meses que não me telefona.
d - Verbo FAZER, ESTAR , SER (Indicação de fenômeno natural ou de tempo)
Exemplo: Faz muito calor no natal. / Já está tarde. / É cedo ainda.
► Sujeito indeterminado - Sua existência é evidente, porém, não há nenhum termo que o represente, nem mesmo em orações anteriores.
a - Verbo na 3º pessoa do plural
Exemplo: Tomaram o poto todo de sorvete. / Eles tomaram... eles quem? Não sei.
b - Verbo na 3° pessoa do singular + SE
Precisou-se de mais sorvete.