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ID
5553334
Banca
Avança SP
Órgão
Prefeitura de Laranjal Paulista - SP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Durante muito tempo, a civilização chinesa foi mais avançada do que a europeia. A Europa adquiriu da China, direta ou indiretamente, uma forma rudimentar de imprensa, a fabricação do papel, a bússola, a pólvora e diques para canais. Mas foi na Europa que, pela primeira vez, houve um crescimento econômico contínuo seguido da Revolução Industrial. E foi na Europa que o governo representativo e os direitos individuais – essas outras marcas distintivas da modernidade – se desenvolveram primeiro. Por que a Europa?
Em 1480, o imperador chinês da dinastia Ming proibiu a exploração e o comércio ultramarino. Mercadores que continuaram com esse comércio foram declarados contrabandistas e tropas foram enviadas para destruir seus estabelecimentos e queimar seus barcos. Nenhum rei europeu jamais reivindicou ou empregou tais poderes; nenhum rei poderia dar um tiro no próprio pé. Na Europa, os reis operavam numa rede de estados rivais; o imperador chinês contava com a vantagem – ou a armadilha – de não ter rivais com poder que se equiparasse ao seu. A rivalidade entre estados na Europa ajudou a impulsionar a expansão ultramarina.
Após a queda do Império Romano na Europa Ocidental, nenhum poder absoluto voltou a controlar todo o território. Imagine se um único poder tivesse conquistado Roma como os manchus fizeram na China, os mongóis na Índia e os otomanos no Oriente Médio. Pela conquista, eles se tornaram os senhores dos novos reinos. Os conquistadores de Roma foram várias tribos germânicas que rivalizavam umas com as outras. Eram senhores de pouca coisa. Após conquistar o império, esses homens descobriram que ele estava se dissolvendo sob seus pés. Não tinham a experiência de governar um estado estabelecido e não foram capazes de manter a máquina de coleta de impostos. Desafiaram uma das regras universais de governança, administrando estados incapazes de taxar.
Grande parte da história europeia deriva desse momento de formação. O domínio dos governos sobre seus povos era muito fraco; eles tinham de lutar e trabalhar duro para contar com a lealdade da população. Precisavam oferecer um bom governo – a paz do rei – para obter uma extensão de seu poder. Não podiam simplesmente acionar um sistema de cobrança de tributos como faziam tantos impérios e reinos na Ásia ou no Oriente Médio.
(HIRST, John. A Mais Breve História da Europa. São Paulo: Sextante, 2018, p. 150).

Assinale a alternativa que apresenta um pronome relativo:

Alternativas
Comentários
  • A questão é de morfologia e quer que identifiquemos a alternativa que apresenta um pronome relativo. Vejamos:

     .

    Pronome: palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui o substantivo, determina ou o acompanha, indicando-o como pessoa do discurso ou situando-o no espaço e no tempo. São classificados em pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos, relativos e indefinidos e também podem ser classificados em pronomes adjetivos e pronomes substantivos.

     .

    A) quem. 

    Certo. "Quem" é pronome relativo.

    Pronomes relativos: retomam um nome da oração anterior (o antecedente) com o qual se relaciona, projetando-o em outra oração. São eles: que, quem, onde, o qual (a qual, os quais, as quais), quanto (quanta, quantos, quantas) e cujo (cuja, cujos, cujas).

     .

    B) tu.

    Errado. "Tu" é pronome pessoal do caso reto.

    Pronomes pessoais: substituem os substantivos, indicando as pessoas do discurso (1ª pessoa: aquele que fala; 2ª pessoa: aquele com quem se fala; 3ª pessoa: aquele de quem se fala).

    Pronomes pessoais do caso reto: exercem a função sintática de sujeito da oração. São eles: eu, tu, ele, nós, vós, eles. Ex.: Eu tenho estudado muito.

    Pronomes pessoais do caso oblíquo: exercem a função sintática de complemento nominal, complemento verbal (objeto direto ou indireto), agente da passiva, adjunto adnominal ou adverbial, sujeito de uma oração reduzida. Podem ser átonos (não antecedidos de preposição): me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes; ou tônicos (precedidos por preposição): mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas. Ex.: Entregou-me a encomenda. (complemento do verbo "entregar")

     .

    C) lhe.

    Errado. "lhe" é pronome pessoal do caso oblíquo.

     .

    D) nos. 

    Errado. "Nos" é pronome pessoal do caso oblíquo.

     .

    E) Vossa Excelência.

    Errado. "Vossa Excelência" é pronome de tratamento.

    Pronomes de tratamento: geralmente levam em conta os títulos ou qualidades das pessoas a quem nos dirigimos ou sobre quem falamos, como, por exemplo, idade ou cargo ocupado. Alguns deles: você, senhor/ senhora, Vossa Alteza, Vossa Excelência, Vossa Majestade, Vossa Santidade... Embora se refiram à pessoa a quem se fala (2ª pessoa), os pronomes de tratamento levam o verbo para a 3ª pessoa. Ex.: Vossa Excelência conhece os seus problemas (E não "Vossa Excelência conheceis os vossos problemas").

     .

    Gabarito: Letra A

  • PRONOME RELATIVO: que, quem, onde, o qual (a qual, os quais, as quais), quanto (quanta, quantos, quantas) e cujo (cuja, cujos, cujas).

  • Pronomes relativos: refere-se a um termo anterior e introduz uma oração subordinada (que, o qual, cujo, quem, onde, quando, quanto, como)

    Pronomes pessoais retos: função de sujeito (eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas)

    Pronomes pessoais oblíquos: função de objeto ou adjunto

    átomos: não precedidos de preposição (me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, os, as)

    tônicos: precedidos de preposição ( mim, contigo*, ti, contigo*, si, consigo*, a ele, se, nós, convosco*, vós, convosco*, a eles, si, consigo*)

    *aglutinados com a preposição "com"

  • GAB-A

    quem. 

    quem --------------------cujo, cujos, cuja, cujas

    quando--------------------quanto, quantos, quantas

    que------------------------O qual, os quais, a qual, as quais.

    CHEGUE NA SUA MULHER E DIGA. -Você tem toda razão.

  • Gab a! quem.

    quem.  (relativo)

    tu. (pronome pessoal caso reto)

    lhe. (pronome pessoal do caso oblíquo átono)

    nos (pronome pessoal do caso oblíquo átono)

    Vossa Excelência. (pronome de tratamento)