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ID
5553454
Banca
Avança SP
Órgão
Prefeitura de Laranjal Paulista - SP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

NERO (37-68) – IMPERADOR DE ROMA
Com a possível exceção de Calígula, Nero foi o mais desprezível dos tiranos que o Império Romano produziu. Sua mãe, Agripina, a Jovem, mudou o nome do filho, Lúcio Domício Aenobarbo, para Nero Claudio Cesar quando se casou com seu tio, o imperador Claudio. Quando Claudio morreu, no ano 54, Nero, aos 17 anos, foi proclamado imperador pelo Senado e pela Guarda Pretoriana. Agripina, porém, conservou o poder como regente. No ano 59, depois de várias tentativas fracassadas, Nero a assassinou. Em 62, o prefeito da Guarda Pretoriana, Sexto Afrânio Burro, morreu (suspeitas recaíram sobre o próprio Nero), e o filósofo estoico Lucio Aneu Sêneca se afastou. Eles tinham sido seus conselheiros mais próximos e exerciam uma influência moderadora sobre o imperador.
Foram substituídos pelo famigerado Tigelino, exilado em 39 por Calígula por adultério com Agripina: na ocasião, Nero já estava sob a influência de Popeia Sabina, ex-mulher de dois de seus amigos, que havia se tornado sua amante em 58. Popeia encorajou Nero a assassinar sua mulher, Otávia, e em 62 Nero casou-se com ela.
Por instigação de Tigelino, uma série de leis sobre traição afastou quem fosse considerado uma ameaça a Nero. Paralelamente, derrotas militares abriram caminho para uma recessão econômica, enquanto Nero e sua mulher viviam num estilo extravagante.
No ano 64, um incêndio deixou boa parte de Roma em ruínas. Embora o próprio Nero comandasse o combate ao incêndio, suas inclinações artísticas eram bem conhecidas, e houve rumores de que ele cantava ou tocava a lira enquanto o observava a cidade queimar.
Ouviram-se também boatos de que ele próprio havia iniciado o incêndio para abrir caminho para um palácio extravagante chamado de Casa Dourada, construído num momento em que a reconstrução pública deveria ser prioridade.
O incêndio tornou-se ainda um pretexto para a primeira perseguição à seita recém-emergente dos cristãos. No ano 65, Nero de apresentou no palco e cantou para grandes plateias. Isso era o equivalente de um presidente contemporâneo dos Estados Unidos participar de uma competição de luta na lama, e os conservadores romanos ficaram chocados e ultrajados.
Quando foi descoberta uma conspiração para assassinar Nero e substitui-lo pelo senador Caio Calpúrnio Pisão, entre os conspiradores obrigados a cometer suicídio estava Sêneca, exmentor de Nero.
No ano 67, com Roma em crise, Nero fez uma extravagante viagem pela Grécia. Cada vez mais delirante, ele ordenou que o popular e vitorioso general Gneu Domício Córbulo cometesse suicídio. Temendo por suas vidas, os governadores das províncias romanas se rebelaram.
As legiões proclamaram Sérvio Sulpício Galba, governador da Espanha, imperador. O Senado, em seguida, condenou Nero a ter uma morte de escravo, sendo chicoteado e crucificado. Existem duas versões para o seu fim.
No relato de Suetônio, ele se apunhalou na garganta com uma adaga em 9 de junho de 98. Por outro lado, Tácito registra que Nero chegou às ilhas gregas disfarçado como um profeta de cabelos ruivos e líder dos pobres. O governador de Citnos o prendeu em 69 e executou a sentença do Senado. Seja como for, Nero teve um fim prematuro como resultado direto de sua tirania.
(CAWTHORNE, Nigel. 100 Tiranos: história viva. São Paulo, Ediouro, p. 45).

No que se refere ao correto uso das conjunções, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:
I – mas também: conjunção aditiva.
II – assim: conjunção conclusiva.
III – pois: conjunção alternativa. 

Alternativas
Comentários
  • Assim é conclusiva

    Assim é conclusiva

    Assim é conclusiva

  • Conj. Aditivas : E, nem, não só, mas também.

    Conj. Conclusivas: Portanto, logo, assim, pois (após o verbo), por conseguinte, por isso, então, destarte, dessarte, em vista disso, sendo assim, assim sendo,

  • A questão é de morfologia e quer que analisemos as conjunções abaixo. Vejamos:

     .

    Conjunções coordenativas são as que ligam orações sem fazer que uma dependa da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

     .

    I – mas também: conjunção aditiva. 

    Verdadeiro.

    Conjunções coordenativas aditivas: têm valor semântico de adição, soma, acréscimo...

    São elas: e, nem (e não), não só... mas também, mas ainda, como também, bem como, senão também, ademais, outrossim...

    Ex.: Não só estudaram muito mas também passaram no concurso.

     .

    II – assim: conjunção conclusiva. 

    Verdadeiro.

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização...

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), então, assim, destarte, dessarte...

    Ex.: Estudamos muito, assim passaremos no concurso.

     .

    III – pois: conjunção alternativa. 

    Falso. "Pois" pode ser conjunção coordenativa explicativa, se aparecer antes do verbo; e pode ser conjunção coordenativa conclusiva, se aparecer depois do verbo.

    Conjunções coordenativas explicativas: têm valor semântico de explicação, justificativa, motivo, razão...

    São elas: porque, pois (antes do verbo), porquanto, que...

    Ex.: Vamos indo, pois já é tarde.

    Conjunções coordenativas alternativas: têm valor semântico de alternância, escolha ou exclusão.

    São elas: ou... ou, ora... ora, já.. já, seja... seja, quer... quer, não... nem...

    Ex.: Ora estudava, ora trabalhava. Seja concursado, seja concurseiro, todos merecem respeito.

     .

    Gabarito: Letra D

    • logo;
    • pois (posposto ao verbo);
    • portanto;
    • assim;
    • então;
    • por isso;
    • por conseguinte;
    • por consequência;
    • consequentemente;
    • de modo que;
    • desse modo;
    • dessarte;
    • destarte;

    Todas as conjunções conclusivas deverão ser precedidas de vírgula, uma vez que é obrigatório o uso da vírgula antes de uma oração coordenada conclusiva. 

  • "pois" após o verbo é conjunção conclusiva

    "pois" antes do verbo é conjunção explicativa

  • GABARITO: LETRA D.

    São exemplos de conjunções:

    a) conclusivas: logo; portanto; então; assim; pois (após o verbo); por isso; por conseguinte; afinal.  

    b) explicativas: que; porque; porquanto; pois (antes do verbo).

    c) alternativas: ou; ora...ora; quer...quer; seja...seja; ou...ou.

    d) aditivas: e; nem; não só..., mas também; bem como; como também; mas ainda.