O chamado Antigo Regime, ou seja, vide absolutismo, pautava-se num regime monárquico cujo Rei tinha poder absoluto sobre toda a sociedade.
A justificativa para a sustentação desse regime era que o Rei tinha a graça de Deus, dada pela Igreja Católica, e portanto, o direito divino de governar. Como o poder político do rei era, por assim dizer, "divino", porque não vinha dos homens, mas de Deus, todos os que estão abaixo do rei são seus súditos, incluindo a população, os nobres e a própria Igreja, teoricamente, óbvio.
Na prática , o regime pautava-se por uma hierarquia bem desigual entre nobres, igreja e povo. Os mais privilegiados eram os nobres, possuidores de terras e pessoas bastante ricas, e a própria Igreja. A população, incluindo camponeses, profissionais liberais (alfaiates, professores, engenheiros, etc) e os burgueses (comerciantes) estavam "fora" do sistema político.
A Revolução Francesa, portanto, foi caracterizada pela tomada de consciência da classe burguesa e de sua necessidade de participar da política, uma vez que ganhara muito protagonismo, devido a riqueza acumulada durante gerações. Os principais burgueses eram praticamente "donos" das grandes cidades portuárias, dos bancos e de grandes estabelecimentos comerciais. Devido ao aumento dos impostos, privilégios excessivos aos clérigos e nobres e a incompatibilidade de um modo de produção feudal frente a ascensão de uma classe economicamente "capitalista", a Revolução Francesa, alinhada ao pensamento iluminista, emerge como um caminho viável para a tomada dos burgueses ao poder.
Pelas razões elencadas acima, a única alternativa que não faz sentido é a B, uma vez que os clérigos possuíam tanta terras quanto os nobres.
Gabarito B