Primeiramente faz-se
importante definir que a pavimentação consiste no revestimento de um
piso ou terreno.
De forma simplificada, as
camadas que podem constituir um pavimento são:
- Subleito: material de
fundação do pavimento;
- Leito: camada situada
acima do subleito, formada pelas movimentações de terra na terraplenagem para
conceber o greide de projeto;
- Reforço de subleito:
camada com propriedades geotécnicas inferiores as da sub-base, empregada com o
intuito de reduzir a espessura dessa última por motivos econômicos;
- Sub-base: camada
intermediária entre o reforço do subleito e a base. Ela tem a função de
controlar deformações e compatibilizar o comportamento mecânico das camadas,
podendo sua existência ser desnecessária;
- Base: camada que resiste
e distribui as ações provenientes das cargas verticais;
- Revestimento: camada
localizada acima da base, na posição mais externa. Sua função é receber a ação
do tráfego diretamente.
O Manual de Pavimentação
do DNIT (BRASIL, 2006), em seu item 3.2, classifica os pavimentos em
flexíveis, semirrígidos e rígidos.
O pavimento flexível
possui uma camada asfáltica superficial assentada sobre as camadas de base,
sub-base, reforço de subleito, leito e subleito. O seu mecanismo de
funcionamento fundamenta-se em todas as camadas trabalharem conjuntamente,
distribuindo os esforços verticalmente em parcelas praticamente equivalentes
nas mesmas.
Por sua vez, o pavimento
rígido é aquele cujo revestimento possui elevada rigidez em relação às
demais. Especificamente, o revestimento do pavimento rígido consiste em placas
de concreto, fazendo com que o mesmo absorva praticamente todas as tensões
oriundas do trafego. Nos pavimentos rígidos, além das placas de concreto
(revestimento), há a camada de sub-base e de subleito.
Por fim, o pavimento
semirrígido é um misto de ambos, sendo caracterizado por possuir uma
base cimentada por algum aglutinante dotado de propriedades cimentícias.
Visto isso, o Manual de
Pavimentos Rígidos do DNIT (BRASIL, 2005), em sua seção 4.6.2.3.1,
trata sobre os modelos de ruína do método PCA-84:
"4.6.2.3.1 MODELOS
DE RUINA
A seguir são apresentados
os parâmetros de composição do método e a maneira como este os delimita e
considera.
a) fadiga
As tensões de tração por
flexão consideradas no cálculo, são as produzidas pela carga tangente à borda
longitudinal; a curva de fadiga alcança valores abaixo da relação de tensões
limite de 0,50, o que elimina a descontinuidade nesse ponto e afasta a
possibilidade de acontecer casos irreais de dimensionamento quanto ao número
admissível de solicitações. [...]
A lei de Miner, do dano acumulado por fadiga (*) é usada no método,
estando a curva de fadiga implícita nos ábacos de dimensionamento. O consumo
total admissível de fadiga é de 100%. O critério de fadiga está bastante ao
lado da segurança, sendo os eixos simples os de maior influência no fenômeno de
fadiga.
(*) Esta lei determina que
a parcela da resistência à fadiga não consumida por uma certa classe de carga,
fica disponível para uso por outras cargas, sendo que o dano total é a soma
final dos consumos individuais da resistência à fadiga.
b) erosão
Entende-se por erosão a
perda de material da camada de suporte direto da placa de concreto, por ação
combinada da água e da passagem de cargas (principalmente dos eixos múltiplos),
dando-se o fato também nas laterais do pavimento.
Os efeitos da erosão
manifestam-se sob a forma de deformações verticais críticas, nos cantos e nas bordas
longitudinais das placas, causando escalões ou "degraus" nas juntas
transversais (principalmente se elas foram desprovidas de barras de
transferência), podendo ser ambas as ocorrências causadas por bombeamento,
formação de vazios sob a placa e perda de suporte ou contato entre a placa e a
fundação."
Portanto, os modelos de
ruína do método PCA-84 são o de dano acumulado por fadiga e o de erosão.
Logo, a alternativa C está correta.
Gabarito do Professor: Letra
C.
BRASIL. Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes. Diretoria de Planejamento e
Pesquisa. Coordenação Geral de Estudos e Pesquisa. Instituto de Pesquisas
Rodoviárias. Manual de pavimentação. 3.ed. – Rio de Janeiro, 2006. 274p.
(IPR. Publ., 719).
BRASIL. Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes. Diretoria de Planejamento e
Pesquisa. Coordenação Geral de Estudos e Pesquisa. Instituto de Pesquisas
Rodoviárias. Manual de pavimentos rígidos. 2.ed. - Rio de Janeiro, 2005.
234p. (IPR. Publ., 714).
A IPR 740 fala sobre Projeto geométrico de travessias urbanas (FGV tá meio louca da cabeça)
A IPR 714 que vai falar sobre pavimentos rígidos
Primeiramente, sobre o método PCA-84:
- Se aplica tanto a pavimentos de concreto simples e com barras de transferência, como naqueles dotados de armadura distribuída, descontínua ou contínua, sem função estrutural.
- Emprega-se um modelo de análise estrutural de elementos finitos.
Item 4.6.2.3: PARÂMETROS DE DIMENSIONAMENTO
4.6.2.3.1 MODELOS DE RUINA
a) fadiga
As tensões de tração por flexão consideradas no cálculo, são as produzidas pela carga tangente à borda longitudinal; a curva de fadiga alcança valores abaixo da relação de tensões limite de 0,50, o que elimina a descontinuidade nesse ponto e afasta a possibilidade de acontecer casos irreais de dimensionamento quanto ao número admissível de solicitações.
A lei de Miner, do dano acumulado por fadiga (*) é usada no método, estando a curva de fadiga implícita nos ábacos de dimensionamento. O consumo total admissível de fadiga é de 100%. O critério de fadiga está bastante ao lado da segurança, sendo os eixos simples os de maior influência no fenômeno de fadiga.
(*) Esta lei determina que a parcela da resistência à fadiga não consumida por uma certa classe de carga, fica disponível para uso por outras cargas, sendo que o dano total é a soma final dos consumos individuais da resistência à fadiga.
b) erosão
Entende-se por erosão a perda de material da camada de suporte direto da placa de concreto, por ação combinada da água e da passagem de cargas (principalmente dos eixos múltiplos), dando-se o fato também nas laterais do pavimento.