Na investigação histórica, o avanço do ideário cooperativista autogestionário correu em momentos de crise do capital, como as de 1873-98, 1929-32, 1970 e 2008, caracterizados por grande taxa de desemprego. Esse processo é pertinente à própria lógica do capital, uma vez que seu objetivo é o lucro, e tão somente ele. Assim promove a reestruturação da produção e o gerenciamento organizacional com o intuito de recuperar a taxa de lucratividade e para tal objetivo investe em novos modelos de produção.
Enquanto esse processo tenta salvar a lucratividade das empresas, concomitantemente causa um desastre no mundo do trabalho. Devido a esse processo, muitos direitos conquistados pelos trabalhadores são modificados, níveis dos salários são reduzidos, leis de proteção ao trabalhador são remodeladas, fazendo surgir empregos de tempo parcial, terceirizações, trabalhos temporários e informais, ou seja, ampliação da precarização do trabalho, além da alta taxa de desemprego.
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