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ID
5582698
Banca
FCC
Órgão
MANAUSPREV
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Para responder à questão, considere o trecho do livro O elogio do vira-lata e outros ensaios, de Eduardo Giannett.


   A ciência destrói o seu passado. Os clássicos da literatura científica, como os tratados hipocráticos, o Le Monde de Descartes ou a Philosophia Botanica de Lineu, foram obras que marcaram época, mas que a passagem do tempo reduziu à condição de peças de antiquário e objeto de interesse restrito a especialistas em história da ciência. Nenhum cientista que se preze aprende o seu ofício destrinchando os clássicos de sua disciplina. 

    Com a filosofia é diferente. Os clássicos da literatura filosófica, como os diálogos platônicos, as Meditações de Descartes ou o Leviatã de Hobbes, são obras que parecem dotadas do dom da eterna juventude. Embora também se prestem à lupa antiquária do historiador de ideias, elas conseguem de algum modo driblar o tempo e falar diretamente aos espíritos vivos das novas gerações. A filosofia, como a arte, não enterra o seu passado.

     A diferença, é certo, resulta em parte da ausência de um critério bem definido de progresso na história da filosofia. Mas não é só. A consciência da nossa ignorância cresce de mãos dadas com o avanço do saber científico. Como observa com certa malícia Adam Smith na Teoria dos Sentimentos Morais, ao comentar a dificuldade de refutar conclusivamente teorias no campo da ética, a progressividade das ciências naturais também reflete a sua maior vulnerabilidade e propensão ao erro.

(GIANNETTI, Eduardo. O elogio do vira-lata e outros ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2018)

Nenhum cientista que se preze aprende o seu ofício destrinchando os clássicos de sua disciplina. (1° parágrafo) O termo a que o pronome relativo da frase acima se refere é: 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

    ANÁLISE DO TEXTO

    Nenhum cientista que se preze aprende o seu ofício destrinchando os clássicos de sua disciplina. = O Pronome Relativo "que", na oração, apresenta Função de Sujeito, levando-se em consideração que ele introduz uma Oração Subordinada Adjetiva, a qual caracteriza o sujeito da oração principal, o termo "cientista". (Obs.: O verbo "prezar" é sinônimo de "valorizar". Logo, substituindo-se um pelo outro, fica mais fácil de resolver).

    JUSTIFICANDO

    a) [ERRADO] ciência.

    b) [CERTO] cientista.

    c) [ERRADO] obras. 

    d) [ERRADO] época. 

    e) [ERRADO] especialistas. 

    Toda e qualquer observação é bem-vinda. Bons estudos e nunca desistam!

  • Gabarito B

    Nenhum cientista que se preze aprende o seu ofício destrinchando os clássicos de sua disciplina.

    O pronome relativo "que" retoma o termo "cientista", pois com ele mantém uma relação de sentido.

  • GABARITO - B

    QUE , nesse contexto, está atuando como pronome relativo. Basta fazer a troca por " qual (ais) ".

    Ele retoma " Cientista ".

  • Nenhum cientista

    O cientista se preza

    O cientista que se preza

  • Em miúdos;

    Gabarito "A" para os não assinantes.

    Nesse contexto se refere ao CIENTISTA.

    O QUAL = P.R que por sua vez é uma O.S.adj. restritiva, pois não tem vírgula.

    Vou ficando por aqui, até a próxima.

  • Quando o "que" pode ser substituído por "o qual, a qual, os quais,...", ele funciona como pronome relativo. Dessa forma, retoma um termo antecedente.

    Para o CESPE/CEBRASPE, ele retoma, geralmente, o termo mais próximo.

    Nenhum cientista que se preze aprende o seu ofício destrinchando os clássicos de sua disciplina.

    Nenhum cientista o qual se preze aprende o seu ofício destrinchando os clássicos de sua disciplina.

    O pronome relativo "que" retoma "cientista"