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ID
55966
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
STJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Estaríamos entrando na era dos autocratas? É certamente
tentador pensar assim depois de ver a recente surra dada pela
Rússia na Geórgia. Essa invasão marca com clareza uma nova
fase na política mundial, mas seria um erro pensar que o futuro
pertence à mão pesada do russo Vladimir Putin e aos seus colegas
déspotas.
Estou pessoalmente interessado em discernir o formato
do novo momento internacional, porque em 1989 escrevi um
ensaio intitulado O Fim da História? Nele, eu argumentava que
as idéias liberais haviam triunfado de maneira conclusiva com o
fim da Guerra Fria. Mas, hoje, o predomínio dos Estados Unidos
da América sobre o sistema mundial está fraquejando; Rússia
e China se oferecem como modelos, exibindo uma combinação
de autoritarismo e modernização que claramente desafia a
democracia liberal. Eles parecem ter grande número de
imitadores.

Francis Fukuyama. Democracia resiste a novo autoritarismo.
In: O Estado de S.Paulo, 31/8/2008, p. A24 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando
aspectos marcantes da realidade mundial contemporânea, julgue
os itens que se seguem.

A recente intervenção militar russa mencionada no texto foi justificada por Moscou como de apoio à separatista Ossétia do Sul, alvo de ataque por parte do poder central da Geórgia.

Alternativas
Comentários
  • A Guerra na Ossétia do Sul em 2008 foi um conflito armado entre a Geórgia e a Ossétia do Sul (esta apoiada pela Rússia), ocorrido em Agosto de 2008, quando forças da Geórgia invadiram a Ossétia do Sul. Como retaliação, as forças russas invadiram o território georgiano. Houve mais de mil mortos.

    Entenda:

    A Ossétia do Sul é uma região separatista da Geórgia que quer ser russa e que, assim como a Abkázia, se proclamou independente com o fim da União Soviética, no início dos anos 90.

    Legalmente ela é parte da Geórgia, pois sua auto-proclamada independência não foi reconhecida por nenhum outro país, inclusive pela Rússia.

    Mesmo assim, seu povo e seus líderes separatistas não querem ser parte do Estado georgiano em nenhuma hipótese. Eles querem reconhecimento internacional como um Estado independente ou unir-se aos integrantes de sua etnia que vivem do outro lado da fronteira, na região russa da Ossétia do Norte.