Leia o texto para responder à questão.
Os donos de cães sentem muitas vezes que os animais
são bons em captar as suas emoções. Isto não é um produto da imaginação das pessoas. Estudos mostram como
as pistas comportamentais e químicas dos humanos podem
afetar os cães de formas que lhes permitem não só distinguir
entre medo, excitação ou raiva, mas também ficarem “contagiados” pelos sentimentos dos seus companheiros humanos.
“Os cães são seres incrivelmente sociais, por isso é que são
facilmente contagiados pelo nosso calor e alegria”, diz Clive
Wynne, professor de psicologia da Universidade do Arizona.
Mas o inverso também é verdadeiro, o que significa que o
stress e a ansiedade do dono também podem afetar o cão.
Há estudos que mostram que os cães podem ficar contagiados pelos nossos bocejos, ou sentir um aumento nos
níveis de cortisol quando ouvem um bebê chorar e responder ao tom emocional da nossa voz. “Os cães observam-nos
muito de perto – e parte disso baseia-se no nosso olhar e linguagem corporal, mas também nos sons que fazemos e nos
odores que emitimos”, afirma Monique Udell, especialista em
comportamento animal da Universidade de Oregon.
Em termos auditivos, as investigações mostram que quando os cães ouvem expressões de angústia, como o choro, ou
sons positivos, como o riso, respondem de uma forma diferente
do que acontece com outras vocalizações ou sons não humanos. “Quando se trata do olfato, os cães são muito sensíveis
ao odor corporal – é assim que conseguem detectar diabetes e
possivelmente epilepsia nas pessoas”, diz Clive.
Não se sabe ainda se os humanos podem ficar contagiados pelas emoções dos seus cães, embora alguns especialistas acreditem que seja bastante provável. Partilhar os altos e
baixos emocionais uns dos outros tende a ser uma coisa benéfica porque ajuda a criar uma ligação mais profunda e tem valor
de sobrevivência. “Se pensarmos nos nossos antepassados,
havia momentos de vida ou morte para os quais os nossos
cães nos podiam alertar, para podermos agir rapidamente”,
diz Clive. “Em termos de alarme, esta via de dois sentidos é
mutuamente vantajosa para ambas as espécies”.
(Stacey Colino, “Sim, os cães podem ficar ‘contagiados’ pelas emoções
dos donos”, Portal National Geographic, 11/10/2021. Adaptado)
Considere o seguinte trecho do 4º parágrafo.
• “Se pensarmos nos nossos antepassados, havia momentos de vida ou morte para os quais os nossos cães nos
podiam alertar, para podermos agir rapidamente”
Se o verbo “alertar” for substituído por “avisar”, a expressão em destaque deverá ser substituída por