SóProvas


ID
5662009
Banca
UNESP
Órgão
UNESP
Ano
2022
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.


     Os donos de cães sentem muitas vezes que os animais são bons em captar as suas emoções. Isto não é um produto da imaginação das pessoas. Estudos mostram como as pistas comportamentais e químicas dos humanos podem afetar os cães de formas que lhes permitem não só distinguir entre medo, excitação ou raiva, mas também ficarem “contagiados” pelos sentimentos dos seus companheiros humanos. “Os cães são seres incrivelmente sociais, por isso é que são facilmente contagiados pelo nosso calor e alegria”, diz Clive Wynne, professor de psicologia da Universidade do Arizona. Mas o inverso também é verdadeiro, o que significa que o stress e a ansiedade do dono também podem afetar o cão.

     Há estudos que mostram que os cães podem ficar contagiados pelos nossos bocejos, ou sentir um aumento nos níveis de cortisol quando ouvem um bebê chorar e responder ao tom emocional da nossa voz. “Os cães observam-nos muito de perto – e parte disso baseia-se no nosso olhar e linguagem corporal, mas também nos sons que fazemos e nos odores que emitimos”, afirma Monique Udell, especialista em comportamento animal da Universidade de Oregon.

    Em termos auditivos, as investigações mostram que quando os cães ouvem expressões de angústia, como o choro, ou sons positivos, como o riso, respondem de uma forma diferente do que acontece com outras vocalizações ou sons não humanos. “Quando se trata do olfato, os cães são muito sensíveis ao odor corporal – é assim que conseguem detectar diabetes e possivelmente epilepsia nas pessoas”, diz Clive.

    Não se sabe ainda se os humanos podem ficar contagiados pelas emoções dos seus cães, embora alguns especialistas acreditem que seja bastante provável. Partilhar os altos e baixos emocionais uns dos outros tende a ser uma coisa benéfica porque ajuda a criar uma ligação mais profunda e tem valor de sobrevivência. “Se pensarmos nos nossos antepassados, havia momentos de vida ou morte para os quais os nossos cães nos podiam alertar, para podermos agir rapidamente”, diz Clive. “Em termos de alarme, esta via de dois sentidos é mutuamente vantajosa para ambas as espécies”.


(Stacey Colino, “Sim, os cães podem ficar ‘contagiados’ pelas emoções dos donos”, Portal National Geographic, 11/10/2021. Adaptado)

Considere o seguinte trecho do 4º parágrafo.


•  “Se pensarmos nos nossos antepassados, havia momentos de vida ou morte para os quais os nossos cães nos podiam alertar, para podermos agir rapidamente”


Se o verbo “alertar” for substituído por “avisar”, a expressão em destaque deverá ser substituída por

Alternativas
Comentários
  • Se inserido no contexto acima, o verbo "avisar" rege a preposição "de": avisar alguém de algo. Saiba ainda que o pronome "quem" reporta sempre a pessoas, ou seja, não pode ser utilizado no contexto trazido. A única estrutura cabível, portanto, é a que traz a preposição "de" e o pronome relativo "o qual" no plural, pois há referência ao termo masculino no plural "momentos". Na alternativa B, ela está aglutinada ao pronome relativo "os quais": de + os quais = dos quais. Logo, eis a resposta.

    Letra B

  • GABARITO: B

    ➥ Para essas questões de regência, aplique a regrinha do Itaú, ensinada pelo Profº Zambelli: você se lembra de que no comercial a mulher pega o dedinho e volta, fazendo o sinal do banco? Se o verbo pedir uma preposição e ele se referir ao termo que está antes do pronome relativo, você pegará a preposição e a colocará antes desse pronome relativo, igual a moça com o dedo rsrs, beleza?

    Veja um exemplo:

    "Esses são os alimentos de que necessitamos" → Quem necessita, necessita DE algo. Eu necessito DO quê? Dos alimentos. Mas este termo, alimentos, está antes do pronome relativo que. Então eu pego a preposição de do verbo necessitar e jogo para antes do pronome relativo, beleza?

    "Esses são os alimentos que necessitamos (de)"

    "Esses são os alimentos (de) que necessitamos"

     

    ➥ Na questão:

    O examinador quer que você troque o verbo sublinhado (alertar) por avisar. Beleza! Vamos fazer isso:

    • “... momentos de vida ou morte os quais os nossos cães nos podiam ALERTAR
    • “... havia momentos de vida ou morte os quais os nossos cães nos podiam AVISAR

    ➥ Quem pode nos avisar, pode nos avisar DE algo (dos momentos de vida ou morte). O termo a que o verbo se refere (momentos de vida ou morte) se encontra ANTES do pronome relativo os quais e, por isso, aplicaremos a regrinha do Itaú: pegaremos a preposição DE e a jogaremos para antes do pronome relativo, assim:

    • “... momentos os quais os nossos cães nos podiam AVISAR (DE)”;
    • ... “momentos (DE) os quais os nossos cães nos podiam AVISAR”.

    ➥ A união da preposição de com o pronome os quais resulta em dos quais:

    • DE + OS QUAIS → DOS QUAIS.

    Por isso, nosso gabarito ficou na alternativa B.

    ➥ Resolva esta:

    • Q1847958 (VUNESP/2021)

    Bons estudos! :)

  • Valeu Shelking. Primeiramente achei essa questão um tanto difícil, mas seu comentário iluminou as ideias. Valeu!

  • quem avisa, avisa algo... quem irá avisar? os cães. avisar sobre o que? DOS momentos de vida ou morte. fui assim.
  • Em minha página, não tinha nenhum termo em destaque