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ID
593296
Banca
CEPERJ
Órgão
PC-RJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Ao ver que sua embarcação naufragava, Mévio, avistando Caio em outro barco, prometeu-lhe quantia vultosa para que ele o salvasse.

Analisando a questão proposta, responda qual é a afirmativa correta

Alternativas
Comentários
  • Letra C) Correta. Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
  • Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.

  • O Estado de Perigo , é uma das modalidades de defeito no negócio jurídico, guarda características semelhantes ao estado de necessidade, que é uma causa de exclusão de ilicitude no Direito Penal. Configura-se estado de Perigo quando alguém, assume obrigação excessivamente onerosa. O parágrafo único dispõe que em se tratando de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias.

    Nesse sentido, o art. 156 do Código Civil, prevê:

    Art.156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
    Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente a família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias.

    Tratando-se de um dano iminente, por que passa o agente,uma das hipóteses de inexigibilidade de conduta diversa, pois não resta uma outra alternativa senão praticar aquele ato, ou seja, fechar o contrato.

  • GABARITO: LETRA "C"


    Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.


    O Art. 156 do Código Civil postula que a obrigação deve ser EXCESSIVAMENTE ONEROSA. Contudo, o enunciado da questão não expõe elementos suficientes a saber se a obrigação seria EXCESSIVAMENTE ONEROSA para o agente que estaria se afogando, falando em quantia vultosa, ou seja, de grande valor. Se o agente, por exemplo, fosse bilionário, pouco importaria pagar a tal quantia a Caio, não sendo, portanto, EXCESSIVAMENTE ONEROSA.


    Dessa forma, entendo que a letra "C" não está correta, mas sim a "E".


    Bons estudos!

  • lesão é um vício de consentimento que implica na manifestação volitiva em razão de premente necessidade ou inexperiência, cujo efeito é a assunção de prestação manifestamente desproporcional. Para que se configure, exige-se:

    a) Premente necessidade ou inexperiência (desconhecimento técnico);

    b) Prestação desproporcional 

    Estado de perigo Configura-se quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.

  • A)Errada. Lesão está definida no Art. 157 CC.

    B)Errada. Coação está definida no Art. 151 CC.

    C)CORRETA. Art. 156 CC.

    D)Errada. O termo “onerosidade excessiva” expressa o desequilíbrio econômico do contrato posterior à sua formação. Artigos 478 a 480 do CC.

    E)Errada. De acordo com os artigos acima mencionados.

  • Não custa lembrar que:

    Na lesão não é necessário provar o dolo de aproveitamento. Ao passo que no estado de perigo é imprescindível tal demonstração.

  • Bom, acredito que há Estado de Perigo pois, conhecendo a situação emergencial de Mévio, presume-se que Caio agira com "dolo de aproveitamento", que é o que difere este defeito da lesão.

  • Em síntese, Mévio prometeu quantia vultosa à Caio, a fim de que este o salvasse.

    Não concordo com o gabarito.

    Requisitos necessários para caracterizar o estado de perigo:

    Necessidade de Salvamento - elemento subjetivo (presente no caso)

    Assunção de Obrigação excessivamente onerosa - elemento objetivo (presente no caso)

    Dolo de aproveitamento, isto é, a outra parte deve saber do estado de perigo e aproveitar-se da situação (não há elementos aptos a demonstrarem que Caio agiu com dolo de aproveitamento)