- ID
- 599827
- Banca
- CESGRANRIO
- Órgão
- Petrobras
- Ano
- 2011
- Provas
-
- CESGRANRIO - 2011 - Petrobras - Advogado
- CESGRANRIO - 2011 - Petrobras - Analista de Sistemas Júnior - Infra-Estrutura - 2011
- CESGRANRIO - 2011 - Petrobras - Analista de Sistemas Júnior - Processos de Negócios - 2011
- CESGRANRIO - 2011 - Petrobras - Assistente Social Júnior - 2011
- CESGRANRIO - 2011 - Petrobrás - Contador Júnior - 2011
- CESGRANRIO - 2011 - Petrobras - Engenheiro de Equipamento Júnior - Elétrica 2011
- CESGRANRIO - 2011 - Petrobras - Engenheiro de Equipamento Júnior - Eletrônica - 2011
- CESGRANRIO - 2011 - Petrobras - Engenheiro de Produção Júnior - 2011
- CESGRANRIO - 2011 - Petrobras - Geofísico Júnior - Geologia - 2011
- CESGRANRIO - 2011 - Petrobras - Geólogo Júnior - 2011
- Disciplina
- Português
- Assuntos
PALAVRA PEJORATIVA
O uso do termo “diferenciada” com sentido negativo
ressuscita o preconceito de classe
“Você já viu o tipo de gente que fica ao redor das
estações do metrô? Drogados, mendigos, uma gente
diferenciada.” As palavras atribuídas à psicóloga
Guiomar Ferreira, moradora há 26 anos do bairro Higienópolis,
em São Paulo, colocaram lenha na polê-
mica sobre a construção de uma estação de metrô na
região, onde se concentra parte da elite paulistana.
Guiomar nega ser a autora da frase. Mas a autoria,
convenhamos, é o de menos. A menção a camelôs
e usuários do transporte público ressuscitou velhos
preconceitos de classe, e pode deixar como lembran-
ça a volta de um clichê: o termo “diferenciada”.
A palavra nunca fora usada até então com viés
pejorativo no Brasil. Habitava o jargão corporativo
e publicitário, sendo usada como sinônimo vago de
algo “especial”, “destacado” ou “diferente” (sempre
para melhor).
– Não me consta que já houvesse um “diferenciado”
negativamente marcado. Não tenho nenhum conhecimento
de existência desse “clichê”. Parece-me
que a origem, aí, foi absolutamente episódica, nascida
da infeliz declaração – explica Maria Helena Moura
Neves, professora da Unesp de Araraquara (SP) e
do Mackenzie.
Para a professora, o termo pode até ganhar as
ruas com o sentido negativo, mas não devido a um
deslizamento semântico natural. Por natural, entenda-se
uma direção semântica provocada pela configuração
de sentido do termo originário. No verbo
“diferenciar”, algo que “se diferencia” será bom, ao
contrário do que ocorreu com o verbo “discriminar”,
por exemplo. Ao virar “discriminado”, implicou algo
negativo. Maria Helena, porém, não crê que a nova
acepção de “diferenciado” tenha vida longa.
– Não deve vingar, a não ser como chiste, aquelas
coisas que vêm entre aspas, de brincadeira –
emenda ela. [...]
MURANO, Edgard.
Disponível em: .
Acesso em: 05 jul. 2011. Adaptado
“[...] colocaram lenha na polêmica sobre a construção de uma estação de metrô na região, onde se concentra parte da elite paulistana." (L 5-7)
O emprego do pronome relativo onde está correto.
PORQUE
Retoma o termo na região, que tem valor de lugar físico na oração
antecedente.
Analisando-se as afirmações acima, conclui-se que