Como analisa Iamamoto, reconhecer as possibilidades e limitações históricas, dadas pela própria realidade social, é funda- mental para que o Serviço Social não adote, por um lado, uma postura fatalista (ou seja, acreditar que a realidade já está dada e não pode ser mudada), ou por outro lado, uma postura messiânica (achar que o Serviço Social é o “messias”, que é a profissão que vai transformar todas as relações sociais). É importante ter essa compreensão para localizarmos o lugar ocupado pelos instrumentos de trabalho utilizados pelo Assistente Social em sua prática. ( Fonte: SS para concursos)
GAB.D
Síntese elaborada pelo Concurseiros de Serviço Social
Para a autora Iamamoto no livro “O serviço Social na Contemporaneidade” o assistente social tem que “ir além das rotinas institucionais e buscar apreender o movimento da realidade para detectar tendências e possibilidades nela presentes passíveis de serem impulsionadas pelo profissional”, assim sua ação profissional será mais qualificada, ele tem que ser um profissional propositivo e não só executivo, deve olhar para a sociedade, para a realidade como um todo. Para tanto o assistente social deve evitar a atitude fatalista e messianica, que são explicitadas a seguir.
Fatalismo - De acordo com Iamamoto (2000) o assistente social deve romper com a visão fatalista do processo histórico, nessa visão o serviço social olha para a realidade como se ela “ já estivesse dada em sua forma definitiva, os seus desdobramentos predeterminados e os limites estabelecidos de tal forma, que pouco se pode fazer para alterá-los. Tal visão determinista e a-histórica da realidade conduz à acomodação, à otimização do trabalho, ao burocratismo e à mediocridade profissional”. (Iamamoto, 2000, p.20).
Messianismo - Iamamoto afirma que também é necessário evitar o Messianismo profissional pois quando o assistente social tem sua ação baseada nessa perspectiva ele passa a ter “ uma visão heróica do Serviço Social que reforça unilateralmente a subjetividade dos sujeitos, a sua vontade política sem confrontá-la com as possibilidades e limites da realidade social”. (Iamamoto, 2000, p.21).
Características comum dessas duas perspectivas: De acordo com Iamamto (2000, p21) elas estão de costas para a história, para os processos sociais contemporâneos.
O que a autora recomenda que se faça?
Segundo Iamamoto deve-se romper com a visão endogenista do serviço social e olha para fora, essa é para a autora a “condição para se romper tanto com uma visão rotineira, reiterativa e burocrática do Serviço Social, que impede vislumbrar possibilidades inovadoras para a ação, quanto com uma visão ilusória e desfocada da realidade, que conduz a ações inócuas” (Iamamoto, 2000, p.21).