SóProvas


ID
603244
Banca
CESGRANRIO
Órgão
FINEP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                 RETRATOS DE UMA ÉPOCA
                           Mostra exibe cartões-postais de um tempo que não volta mais

Em tempos de redes sociais e da presença cada vez maior da internet no cotidiano, pouca gente se recorda de que nem sempre tudo foi assim tão rápido, instantâneo e impessoal. Se os adultos esquecem logo, crianças e adolescentes nem sabem como os avós de seus avós se comunicavam. Há 15 dias, uma educadora no Recife, Niedja Santos, indagou a um grupo de estudantes quais os meios de comunicação que eles conheciam. Nenhum citou cartões-postais. Pois eles já foram tão importantes que eram usados para troca de mensagens de amor, de amizade, de votos de felicidades e de versos enamorados que hoje podem parecer cafonas, mas que, entre os sé- culos XIX e XX, sugeriam apenas o sentimento movido a sonho e romantismo. Para se ter uma ideia de sua importância, basta lembrar um pouco da história: nasceram na Áustria, na segunda metade do século XIX, como um novo meio de correspondência. E a invenção de um professor de Economia chamado Emannuel Hermann fez tanto sucesso que, em apenas um ano, foram vendidos mais de dez milhões de unidades só no Império Austro-Húngaro. Depois, espalharam-se pelo mundo e eram aguardados com ansiedade. – A moda dos cartões-postais, trazida da Europa, sobretudo da França, no início do século passado para o Recife de antigamente, tornou-se uma mania que invadiu toda a cidade – lembra o colecionador Liedo Maranhão, que passou meio século colecionando-os e reuniu mais de 600, 253 dos quais estão na exposição “Postaes: A correspondência afetiva na Coleção Liedo Maranhão", no Centro Cultural dos Correios, na capital pernambucana. O pesquisador, residente em Pernambuco, começou a se interessar pelo assunto vendo, ainda jovem, os postais que eram trocados na sua própria família. Depois, passou a comprá-los no Mercado São José, reduto da cultura popular do Recife, onde eram encontrados em caixas de sapato ou pendurados em cordões para chamar a atenção dos visitantes. Boa parte da coleção vem daí. [...] – Acho que seu impacto é justamente o de trazer para o mundo contemporâneo o glamour e o romantismo de um meio de comunicação tão usual no passado – afirma o curador Gustavo Maia. – O que mais chama a atenção é o sentimento romântico como conceito, que pode ser percebido na delicadeza perdida de uma forma de comunicação que hoje está em desuso – reforça Bartira Ferraz, outra curadora da mostra. [...] LINS, Letícia. Retratos de uma época. Revista O Globo, Rio de Janeiro, n. 353, p. 26-28, 1o maio 2011. Adaptado.

As afirmações abaixo relacionam-se ao professor Emannuel Hermann.
I   – Deixou de ser professor de Economia, após vender mais de dez milhões de postais.
II   – Inventou os cartões-postais.
III – Nasceu na segunda metade do século XIX.
Está contido no texto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I   – Deixou de ser professor de Economia, após vender mais de dez milhões de postais. ERRADA.
    O texto não afirma que ele deixou de ser professor.

    II   – Inventou os cartões-postais. CORRETA.

    III – Nasceu na segunda metade do século XIX. ERRADA.
    O texto afirma que os cartões-postais foram inventados na segunda metade do século XIX.

  • Letra"B"

    COMENTÁRIO:
     
    No texto, temos as seguintes informações sobre o professor Emmannuel Hermann:
     
    • Inventou o cartão-postal na segunda metade do século XIX.
    • Era professor de Economia quando inventou o cartão-postal.
    • Era austríaco.
    • Sua invenção vendou mais de dez milhões de unidades só no Império Austro-Húngaro.
     
    Veja que a informação da frase I não consta no texto. A frase II está correta. E a frase III está incorreta, já que o professor Emmannuel Hermann não nasceu na segunda metade do século XIX, e sim inventou o cartão-postal nessa época.

    Fonte:http://www.gramatiquice.com.br/2011/08/prova-de-portugues-comentada-concurso.html
  • Em interpretação textual, as assertivas I e III são extrapolações. É ir além do que o texto diz.
    []s