SóProvas


ID
603247
Banca
CESGRANRIO
Órgão
FINEP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                 RETRATOS DE UMA ÉPOCA
                           Mostra exibe cartões-postais de um tempo que não volta mais

Em tempos de redes sociais e da presença cada vez maior da internet no cotidiano, pouca gente se recorda de que nem sempre tudo foi assim tão rápido, instantâneo e impessoal. Se os adultos esquecem logo, crianças e adolescentes nem sabem como os avós de seus avós se comunicavam. Há 15 dias, uma educadora no Recife, Niedja Santos, indagou a um grupo de estudantes quais os meios de comunicação que eles conheciam. Nenhum citou cartões-postais. Pois eles já foram tão importantes que eram usados para troca de mensagens de amor, de amizade, de votos de felicidades e de versos enamorados que hoje podem parecer cafonas, mas que, entre os sé- culos XIX e XX, sugeriam apenas o sentimento movido a sonho e romantismo. Para se ter uma ideia de sua importância, basta lembrar um pouco da história: nasceram na Áustria, na segunda metade do século XIX, como um novo meio de correspondência. E a invenção de um professor de Economia chamado Emannuel Hermann fez tanto sucesso que, em apenas um ano, foram vendidos mais de dez milhões de unidades só no Império Austro-Húngaro. Depois, espalharam-se pelo mundo e eram aguardados com ansiedade. – A moda dos cartões-postais, trazida da Europa, sobretudo da França, no início do século passado para o Recife de antigamente, tornou-se uma mania que invadiu toda a cidade – lembra o colecionador Liedo Maranhão, que passou meio século colecionando-os e reuniu mais de 600, 253 dos quais estão na exposição “Postaes: A correspondência afetiva na Coleção Liedo Maranhão", no Centro Cultural dos Correios, na capital pernambucana. O pesquisador, residente em Pernambuco, começou a se interessar pelo assunto vendo, ainda jovem, os postais que eram trocados na sua própria família. Depois, passou a comprá-los no Mercado São José, reduto da cultura popular do Recife, onde eram encontrados em caixas de sapato ou pendurados em cordões para chamar a atenção dos visitantes. Boa parte da coleção vem daí. [...] – Acho que seu impacto é justamente o de trazer para o mundo contemporâneo o glamour e o romantismo de um meio de comunicação tão usual no passado – afirma o curador Gustavo Maia. – O que mais chama a atenção é o sentimento romântico como conceito, que pode ser percebido na delicadeza perdida de uma forma de comunicação que hoje está em desuso – reforça Bartira Ferraz, outra curadora da mostra. [...] LINS, Letícia. Retratos de uma época. Revista O Globo, Rio de Janeiro, n. 353, p. 26-28, 1o maio 2011. Adaptado.

Em um cartão-postal, lê-se o seguinte:
“Teu celestial sorriso / Me alegra, encanta e fascina, / Prometendo um paraíso, / Onde serás luz divina:"
A relação entre o trecho destacado e a explicação ao seu lado está correta em:

Alternativas
Comentários
  • REMETENTE- quem envia.
    DESTINATÁRIO- a quem é destinado algo.



    a) “Teu celestial sorriso” - o sorriso de quem remete o cartão. ERRADA.
    Na verdade é o sorriso de quem receberá o cartão.

    b) “[...] encanta e fascina” - o destinatário é encantado, fascinado pelo sorriso. ERRADA.
    O remetente é o encantado pelo sorriso.

    c) “Prometendo um paraíso” - o remetente infere no sorriso uma promessa. CORRETA.

    d) “Onde serás luz [...]” - a palavra onde remete ao sorriso. ERRADA.
    Onde refere-se a paraíso.

    e) “[...] serás luz divina” - a luz é proveniente do céu e inerente ao paraíso. ERRADA.
    Acho que a luz do paraíso é o destinatário do cartão.

  • Letra"C"

    COMENTÁRIO
    :
     
    Se em um cartão-postal há o texto acima, então, o pronome “teu” refere-se ao destinatário (a quem o cartão-postal foi enviado), e o pronome “me” refere-se ao remetente (a quem escreveu/enviou a correspondência).
     
    Assim, “teu celestial sorriso” refere-se ao sorriso do destinatário.
     
    O sorriso alegra, encanta e fascina o remetente: veja que o remetente é encantado, fascinado pelo sorrido.
     
    O sorriso também promete um paraíso: veja que o sorriso do destinatário promete ao remetente o paraíso, ou seja, o remetente infere no sorriso uma promessa.
     
    Esse paraíso será luz divida: veja que o pronome “onde” remete ao paraíso.
     
    Nesse paraíso, o destinatário será luz divida: a luz é o próprio destinatário.

    Fonte:http://www.gramatiquice.com.br/2011/08/prova-de-portugues-comentada-concurso.html
  • Difícil ... letras (C) e (E)...
    Mas... vamukevamu!
    []s
  • Boa tarde! Gabarito: "c" - “Prometendo um paraíso” - o remetente infere no sorriso uma promessa. -> inferir é sinônimo de "tirar por conclusão". O sorriso da/ do destinatária/o faz com que o remetente tenha a promessa de um paraíso. 


    As outras alternativas: 

    “Teu celestial sorriso” - o sorriso de quem remete o cartão. - ERRADA 

    (O sorriso de quem recebe o cartão)

    “[...] encanta e fascina” - o destinatário é encantado, fascinado pelo sorriso. - ERRADA 

    (O remetente é encantado, fascinado pelo sorriso) 

    “Onde serás luz [...]” - a palavra onde remete ao sorriso. - ERRADA 

    (A palavra onde remete ao paraíso) 

    “[...] serás luz divina” - a luz é proveniente do céu e inerente ao paraíso. - ERRADA 
    (A luz divina é proveniente do sorriso)