SóProvas


ID
603265
Banca
CESGRANRIO
Órgão
FINEP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                 RETRATOS DE UMA ÉPOCA
                           Mostra exibe cartões-postais de um tempo que não volta mais

Em tempos de redes sociais e da presença cada vez maior da internet no cotidiano, pouca gente se recorda de que nem sempre tudo foi assim tão rápido, instantâneo e impessoal. Se os adultos esquecem logo, crianças e adolescentes nem sabem como os avós de seus avós se comunicavam. Há 15 dias, uma educadora no Recife, Niedja Santos, indagou a um grupo de estudantes quais os meios de comunicação que eles conheciam. Nenhum citou cartões-postais. Pois eles já foram tão importantes que eram usados para troca de mensagens de amor, de amizade, de votos de felicidades e de versos enamorados que hoje podem parecer cafonas, mas que, entre os sé- culos XIX e XX, sugeriam apenas o sentimento movido a sonho e romantismo. Para se ter uma ideia de sua importância, basta lembrar um pouco da história: nasceram na Áustria, na segunda metade do século XIX, como um novo meio de correspondência. E a invenção de um professor de Economia chamado Emannuel Hermann fez tanto sucesso que, em apenas um ano, foram vendidos mais de dez milhões de unidades só no Império Austro-Húngaro. Depois, espalharam-se pelo mundo e eram aguardados com ansiedade. – A moda dos cartões-postais, trazida da Europa, sobretudo da França, no início do século passado para o Recife de antigamente, tornou-se uma mania que invadiu toda a cidade – lembra o colecionador Liedo Maranhão, que passou meio século colecionando-os e reuniu mais de 600, 253 dos quais estão na exposição “Postaes: A correspondência afetiva na Coleção Liedo Maranhão", no Centro Cultural dos Correios, na capital pernambucana. O pesquisador, residente em Pernambuco, começou a se interessar pelo assunto vendo, ainda jovem, os postais que eram trocados na sua própria família. Depois, passou a comprá-los no Mercado São José, reduto da cultura popular do Recife, onde eram encontrados em caixas de sapato ou pendurados em cordões para chamar a atenção dos visitantes. Boa parte da coleção vem daí. [...] – Acho que seu impacto é justamente o de trazer para o mundo contemporâneo o glamour e o romantismo de um meio de comunicação tão usual no passado – afirma o curador Gustavo Maia. – O que mais chama a atenção é o sentimento romântico como conceito, que pode ser percebido na delicadeza perdida de uma forma de comunicação que hoje está em desuso – reforça Bartira Ferraz, outra curadora da mostra. [...] LINS, Letícia. Retratos de uma época. Revista O Globo, Rio de Janeiro, n. 353, p. 26-28, 1o maio 2011. Adaptado.

O sinal indicativo da crase é necessário em:

Alternativas
Comentários
  • Enviar um cartão-postal àquela pessoa a quem se ama era, nos séculos XIX e XX, uma forma de amor.

    LETRA D
  • (A) Os cartões-postais traziam as novas notícias de quem estava viajando.
     
    “Os cartões-postais traziam...” (o quê?) – o verbo “trazer” não rege a preposição “a”. Veja que não cabe a pergunta “a quê?”
     
     
    (B) Recife abriga a mostra de antigos cartões-postais, fruto do esforço de um colecionador.
     
    “Recife abriga...” (o quê?) – o verbo “abrigar” não rege a preposição “a”. Veja que não cabe a pergunta “a quê?”.
     
     
    (C) Reconhecer a importância de antigos hábitos, como a troca de cartões-postais, é valorizar o passado.
     
    “Reconhecer...” (o quê?) – o verbo “reconhecer” não rege a preposição “a”. Veja que não cabe a pergunta “a quê?”.
     
     
    (D) Enviar um cartão-postal aquela pessoa a quem se ama era, nos séculos XIX e XX, uma forma de amor.
     
    “Enviar um cartão-postal...” (a quem?) – o verbo “enviar” rege a preposição “a”. E a resposta à pergunta “a quem?” feita ao verbo é o pronome demonstrativo “aquela”: nesse caso, o “a” que inicia o pronome deve ter o acento indicativo da crase.
     
    Corrigindo: Enviar um cartão-postal àquela pessoa a quem se ama era...   
     
     
    (E) Durante muito tempo, e em vários lugares do mundo, a moda de trocar cartões-postais permaneceu.
     
    O único “a” nessa frase é um artigo determinando o substantivo “moda”. Não há verbo ou nome regendo a preposição “a” antes desse substantivo.
     
    http://www.gramatiquice.com.br/2011/08/prova-de-portugues-comentada-concurso.html


  • Àquele(s) - TROCAR POR: A este(s)

    Àquela (s) - TROCAR POR: A esta(s)

    Àquilo - TROCAR POR: A isto


    EX.:

    Já comunicamos àquele cliente o problema.
    Já comunicamos a este cliente o problema.
  • Crase é fenômeno fonético!

    a) Os cartões-postais traziam as novas notícias de quem estava viajando.
    "traziam" na frase é VTD. Não há exigência de preposição. O "as" do OD "as novas de quem estava viajando" é apenas artigo.

    b) Recife abriga a mostra de antigos cartões-postais, fruto do esforço de um colecionador.
    "abriga" na frase é VTD. Não há exigência de preposição. O "a" do OD "a mostra de antigos cartões-postais" é apenas artigo.

    c) Reconhecer a importância de antigos hábitos, como a troca de cartões-postais, é valorizar o passado.
    "reconhecer" na frase é VTD. Não há exigência de preposição. O "a" do OD "a importância de antigos hábitos" é apenas artigo.

    d) Enviar um cartão-postal aquela pessoa a quem se ama era, nos séculos XIX e XX, uma forma de amor.
    "enviar" na frase é VTDI (enviar algo/alguma coisa a alguém). Há exigência de preposição no OI. Logo o correto é "àquela", que é o encontro da preposição "a" com o pronome demonstrativo "aquela".

    e) Durante muito tempo, e em vários lugares do mundo, a moda de trocar cartões-postais permaneceu.
    Não há preposição exigida por regência nominal ou verbal relacionada a "a moda de". O "a" de "a moda de" é apenas artigo.
  • Crase

    Só existem duas possibilidades para ocorrer a crase:

    1 - fusão do artigo A + preposição A

    2 - fusão do pronome demonstrativo A ou aquele, aquela, aquilo + preposição A - Essa segunda hipótese é a mais fácil de todas porque o primeiro A você já tem certo, então basta encontrar a preposição para ter certeza da crase. Extamente, por ser tão fácil que quase não ocorre.

    Att,
  • Letra D.
    Quem envia envia algo ou alguma coisa a alguém (A+A).



  •  
    Fonte: http://miscelaneaconcursos.blogspot.com.br
  • Penso que a questão "E" não tem o acento grave , pois "A moda de trocar cartões-postais"  é o sujeito , e sabemos que não podemos colocar preposição antes do sujeito. 
    colocando a frase na forma direta ficaria:
    A moda de trocar cartões-postais permaneceu em vários lugares do mundo e durante muito tempo .
    será que estou certo ?
  • Substituindo as frases pela palavra "costume" (masculina) já matamos a questão, veja:

    a) Os cartões-postais traziam "os novos costumes" de quem estava viajando. 

     b) Recife abriga "o costume" de antigos cartões-postais, fruto do esforço de um colecionador.

    c) Reconhecer "o costume" de antigos hábitos, como a troca de cartões-postais, é valorizar o passado.

    e) Durante muito tempo, e em vários lugares do mundo, "o costume" de trocar cartões-postais permaneceu.

    Note que quando substituímos por uma palavra masculina não há a junção da preposição com artigo "AO" (A+O), que é, quando ocorre o fenômeno da crase nas palavras femininas A+A!

    Peguei essa dica com o nosso querido professor Ricardo Erse.

  • o quem na letra D) né caso proibidos de crase não, alguém pode tira essa duvida. 

    gramatica que estudei aqui, antes de quem, cujo, cuja não usa crase.

  • pessoal a crase é no àquela!!!

  • Enviar a + aquela pessoa = enviar àquela pessoa.

  • Àquela troca por  => A esta , se fizer sentido = [OK]

    Como em : A esta, A este, A isto.

  • aquela,pelo que já estudei é facutativo.

  • Enviar exige preposição a. Com artigo a ou a de pronome relativo aquela == crase

  • Enviar um cartão-postal àquela pessoa a quem se ama era, nos séculos XIX e XX, uma forma de amor.

  • Enviar um cartão-postal àquela pessoa a quem se ama era, nos séculos XIX e XX, uma forma de amor.

     

    Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo: Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição "a"Por exemplo:

     

    Refiro-me a (preposição)  aquele (pronome) atentado --- > Refiro-me àquele atentado.

     

    O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige preposição, portanto, ocorre a crase. 

     

    Observe este outro exemplo: Aluguei aquela casa.

     

    O verbo "alugar" é transitivo direto (alugar algo) e não exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso

     

    Veja outros exemplos:

     

    Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.


    Quero agradecer àqueles que me socorreram.


    Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.


    Não obedecerei àquele sujeito.


    Assisti àquele filme três vezes.


    Espero aquele rapaz.


    Fiz aquilo que você disse.


    Comprei aquela caneta.

     

  • GABARITO: LETRA D

    ACRESCENTANDO:

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoal

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita