SóProvas


ID
60895
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
STF
Ano
2008
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Com relação a preceitos da ética e da legislação profissional de
enfermagem, julgue os próximos itens.

Considere-se que um paciente, em fase terminal, solicitou a administração de analgésico para uma dor cruciante e uma enfermeira, depois de avaliar a solicitação, decidiu sozinha suspender a analgesia prescrita em função dos riscos de uma depressão respiratória. Nessa situação, a enfermeira agiu de acordo com o código de ética, pois ela deve assegurar à pessoa uma assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia.

Alternativas
Comentários
  • a enfermeira não pode tomar decisões sozinha,principalmente por se tratar de uma pessoa em situação crítica.A mesma,por fazer parte de uma equipe,deve deixá-la ciente dos acontecimentos.
  • A questão está ERRADA!!!

    Mas não pelo motivo que nossa colega Tainá comentou.

    Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem

    Capítulo V - Das Proibições

    Art. 50 - Executar prescrições terapêuticas quando contrárias à segurança do cliente.


    Então por que está errada?!

    Trata-se de um paciente em fase terminal, os cuidados a esses pacientes são paliativos, objetivando amenizar o sofrimento. Se o paciente está com dor cruciante e é terminal, devemos amenizar seu sofrimento administrando os analgésicos prescritos. Se existe o risco de depressão respiratória, neste paciente específico, este risco não é relevante, frente a situação terminal do paciente em sofrimento.

  • De acordo com o Código de Ética dos profissionais de Enfermagem
    É proibido:
    Art. 32 Executar prescrições de qualquer natureza, que comprometam a segurança da pessoa.
    MAS...
    Art 33 prestar serviços que por sua natureza competem a outro profissinal, exceto em caso de emergência.
    avaliando a situação do paciente em fase terminal que  necessita de cuidados paliativos, os benefícios da medicação é maior que o risco.
  • Acredito que o erro mais evidente da questão está na confusão dos conceitos de negligência, imprudência e imperícia.
    NEGLIGÊNCIA - É o termo que designa falta de cuidado, falta de atenção, não tomar as devidas precauções, ausência de reflexão necessária, inação, indolência, inércia e passividade
    IMPRUDÊNCIA  - É o ato de agir perigosamente, com falta de moderação ou precaução, consiste na violação da regras ou leis.
    IMPERÍCIA - Constata em agir com inaptidão, falta qualificação técnica, teórica ou prática, ausência de conhecimentos elementares e básicos da profissão, a falta de habilidade específica para a realização de uma atividade técnica ou científica.
    Na situação descrita na questão, não se aplica o conceito de imperícia. Penso que o conceito mais adequado seria  negligência.
    Ressalto que a assitência deve ser livre dos três tipos de naturezas de danos.

    >> Quanto à decisão isolada de suspender a medicação, a meu ver está inadequada, uma vez que nao se tratava de situação emergencial (iminente risco de morte). A depressão respiratória poderia ser uma consequência, mas não estava de fato acontecendo. Várias medicações têm riscos secundários e nem por isso o enfermeiro pode suspendê-las (por conta própria( por causa de um RISCO. O risco sempre deverá ser discutido, mas não pode ser considerado um FATO a ponto de justificar uma decisão isolada da equipe multidisciplinar. Na situação proposta, a discussão com o médico assistente sobre a possibilidade de um outro tipo de analgesia seria pertinente antes da tomada de decisão.
  • O enfermeiro deve assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência, além de, ser proibido de prestar serviços que por sua natureza competem a outro profissional, exceto em caso de emergência.

    O profissional de enfermagem, no caso, demonstrou imperícia, falta de conhecimento, referente a medicação, uma vez que o paciente estava com uma dor cruciante e prestou serviço que compete a outro profissional, uma vez que, quem prescreve e suspende medicação é o médico e não o enfermeiro e, no caso, não se trata de uma emergência uma vez que o paciente já vem tomando a medicação e está internado.

    Resposta ERRADO

    Bibliografia

    www.cofen.gov.br