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Existe muita confusão no uso destes dois termos: delírio x delirium. O primeiro é um sintoma observado principalmente nas esquizofrenias e o segundo é uma categoria diagnóstica da Classificação Internacional de Doenças, a CID-10 (OMS, 1993) e do DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico da Associação Psiquiátrica Americana- APA, 1994). A palavra delírio etimologicamente significa "sair dos trilhos" (de: fora; e liros: sulcos). Por definição o conceito de delírio consiste em alteração do juízo de realidade (capacidade de distingüir o falso do verdadeiro) e implica em lucidez da consciência. Ou seja, para que se use o termo "delírio" Jaspers propõe que esta alteração do juízo não seja decorrente de uma perturbação da inteligência nem que seja secundário a um estado de consciência momentaneamente alterado. Quando a alteração de juízo é decorrente de um distúrbio da consciência, chamamos, então, de "delirium".
Fonte: http://www.ccs.ufsc.br/psiquiatria/delirium.html
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Lembre-se no delirium há rebaixamento da consciência, ou seja, rebaixamento no estado de alerta. Já na demência não há esse rebaixamento na consciência, ocorrendo perdas em várias funções cognitivas. Porém no delirium tbm há algumas alterações cognitivas.
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Qual a diferença entre delirium e demência?
Dr. Jerson Laks: o delirium ocorre em ambiente de rebaixamento da consciência, no qual o indivíduo fica obnubilado. A pessoa se mostra desorientada e apresenta lentidão de resposta a estímulos. O ambiente também influencia, se for pouco iluminado ou levar ao isolamento sensorial. O delirium pode provocar ilusões e alucinações, mas há a possibilidade de o paciente ficar apático, meio grogue. Já a demência é progressiva, embora o indivíduo esteja lúcido. Vale lembrar que a Doença de Alzheimer responde por 60% dos casos de demência. Quando o quadro de desorientação se inicia de modo abrupto, a maior chance é de ser um caso de delirium, mas o idoso pode ter as duas formas combinadas, elas não são excludentes. Há ainda o delírio, que é uma alteração do juízo crítico. A pessoa apresenta um comportamento paranoide como, por exemplo, quando diz que está sendo perseguida, mas ela está lúcida e sua consciência está preservada.