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ID
63106
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
INSS
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

No que se refere a equipes de trabalho e grupos nas organizações,
a motivação e satisfação no trabalho bem como a poder, liderança
e conflitos nas organizações, julgue os itens que se seguem.

A teoria de Mintzberg parte da premissa de que o comportamento organizacional é um jogo de poder. Entre os jogos para construir bases de poder, está o jogo de alianças com pares, que negociam entre si contratos implícitos de suporte mútuo para aumentar o poder de todos.

Alternativas
Comentários
  • "Jogo da Formação de Alianças - jogado entre pares - com frequência gerentes de linha, às vezes peritos - que negociam entre si contratos implícitos de apoio mútuo para construir bases de poder visando ao avanço da organização."MAIA & GONTIJO. Tomada de Decisão, do Modelo Racional ao Comportamental - Uma Síntese Teórica. Disponível em: .
  • Um pouco mais sobre a teoria do Poder Organizacional de Mintzberg:

    Mintzberg (1983) descreve as relações de poder que permeiam a atuação das organizações. Em seu modelo, o autor descreve a organização através dos constituintes do ambiente externo e dos colaboradores da organização, ou seja, estes constituintes interagem, barganhando entre si, para obter parcelas de poder em relação à organização, formando a chamada Coalizão Externa (CE) e Coalizão Interna (CI).

    Configurações de Poder:

    Autocracia: esta configuração enfrenta uma coalizão externa passiva, porém resulta em um tipo bem diferente de coalizão interna. Todo poder está focalizado no dirigente da organização, que a controla pessoalmente. Os empregados ou expressam uma lealdade ao dirigente ou se despedem da empresa. A autocracia persegue seu objetivo, seja ele o que o dirigente decidir, maximizando-o. Organizações onde mais se caracteriza este sistema de configuração são: organizações pequenas e pouco visíveis; organizações novas ou antigas que sejam dirigidas por seus fundadores; organizações que operam em ambientes simples e dinâmicos, algumas vezes com líderes fortes ou enfrentando crises severas.

    Instrumento: A organização serve a um influenciador externo dominador (ou a um grupo deles agindo em conjunto). Os empregados são induzidos a contribuir com os seus esforços, tendo pouca oportunidade para atuar nos jogos de poder. Esse tipo de configuração tende a emergir, quando a organização vivencia um poder externo, focalizado e organizado tipicamente em torno de uma dependência crítica ou de uma prerrogativa legal, que emana de um influenciador externo com objetivos claros e operacionais.

    Missionária: A missionária é tão dominada por uma ideologia, que a sua coalizão externa também é passiva. A forte ideologia serve para amarrar a coalizão interna em torno dos seus objetivos ideológicos e permite, também, que os seus membros sejam confiáveis para tomar decisões, uma vez que todos eles compartilham as mesmas crenças e tradições. Isto impede que os jogos políticos se desenvolvam nessa configuração. Organizações que têm este tipo de sistema de configuração são: organizações públicas, organizações sem fins lucrativos, igrejas, hospitais, e outras organizações que cuja missão é o atendimento ao público.

    Sistema autônomo: Ela é o contrário da configuração de instrumento, porque é uma autoridade sem raízes, que não existe para servir a propósitos alheios, mas apenas os objetivos organizacionais. Ela não enfrenta um determinado poder, mas a um grupo de influenciadores externos, desorganizados e dispersos (coalizão externa passiva). Esse sistema de configuração tende em aparecer em grandes organizações que operam em ambientes simples e estáveis, com trabalhadores sem especialização e influenciadores externos dispersos.

  • Continuação das Configurações do Poder:

    Meritocracia: Esse sistema de configuração concentra seu poder sobre os seus especialistas, que obtém poder sobre a base de suas qualificações e conhecimento, dominam a coalizão interna, porque a presença de diferentes tipos de especialistas geralmente propiciam boa dose de atividade política. Assim a coalizão externa pode ser descrita como passiva, embora ela pareça dividida. Em vista da capacidade dos especialistas possuem muitas oportunidades para a rotatividade e, por isso, a sua lealdade a organização é um fator fraco. A condição chave que faz surgir à meritocracia nesse caso, é a necessidade de a organização desempenhar um trabalho complexo, o qual requer alto nível de especialização na sua coalizão interna.

    Arena política: Nesse sistema, a sua caracterização é marcada pelo conflito, tanto na coalizão externa, que é dividida, quanto na coalizão interna, que é politizada. Isto quer dizer que onde foi desafiada a ordem estabelecida, para mudar alguma característica fundamental da organização, se desmoronar a ordem estabelecida, ou reorganizar a configuração de poder ou uma de suas coalizões em benefício de certo agente ou o grupo de agentes. Se o conflito é intenso, sumário e situado (em um das coalizões ou em ambas, origina uma forma de arena política chamada confrontação. A Arena Política pode ser chamada de estágio funcional e, na verdade, necessário na transição de uma configuração de poder para outra.

    Fonte: https://administradores.com.br/artigos/justica-de-recompensas-e-configuracoes-de-poder

    Bons estudosss