O cespe adora deixar margem pra dúvida.
Nesse caso, o eletrodo autoprotigido é um tipo de arame tubular no qual a proteção gasosa é feita a partir de elementos adicionados ao fluxo do arame tubular. Nem todo arame tubular possui fluxo com esses elementos, dessa forma não é correto afirmar que todo processo com arame tubular possui a proteção obtida pelos ingredientes do fluxo contido no arame pos há outra forma de se proteger utilizando CO2 como gás de proteção.
Típica questão que o cespe usa pra fazer manobra conforme as suas "necessidades", se for conveniente a eles, podem dar como certo ou errado simplesmente fazendo a interpretação que bem desejarem.
Lamentável, não é atoa que a PF prendeu alguns examinadores outro dia.
Entendo que o gabarito deveria ser ERRADO.
A soldagem a arco com arame tubular (Flux-Cored Arc Welding – FCAW) é um processo bastante semelhante ao MIG/MAG, no que diz respeito aos equipamentos e princípios de funcionamento, que produz a coalescência de metais pelo aquecimento destes com um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo tubular, contínuo, consumível e a peça de trabalho. A proteção do arco e do cordão de solda é feita por um fluxo de soldagem contido dentro do eletrodo, que pode ser suplementada por um fluxo de gás fornecido por uma fonte externa. Além da proteção, os fluxos podem ter outras funções, semelhantes às dos revestimentos de eletrodos, como desoxidar e refinar o metal de solda, adicionar elementos de liga, estabilizar o arco etc. A Figura 15.20 ilustra o processo.
Existem duas variações básicas do processo arame tubular, uma em que toda a proteção necessária é gerada pelo próprio fluxo contido no eletrodo, chamada de arame autoprotegido, e outra em que a proteção é complementada por uma nuvem de gás, geralmente o CO2.
FONTE: Soldagem - Fundamentos e Tecnologia Paulo Villani