SóProvas


ID
637567
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Congonhas - MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II:

Só falta o Senado aprovar o projeto de lei [sobre o uso de termos estrangeiros no Brasil] para que palavras como shopping center, delivery e drive-through sejam proibidas em nomes de estabelecimentos e marcas. Engajado nessa valorosa luta contra o inimigo ianque, que quer fazer área de livre comércio com nosso inculto e belo idioma, venho sugerir algumas outras medidas que serão de extrema importância para a preservação da soberania nacional, a saber:

Nenhum cidadão carioca ou gaúcho poderá dizer “Tu vai” em espaços públicos do território nacional; Nenhum cidadão paulista poderá dizer “Eu lhe amo” e retirar ou acrescentar o plural em sentenças como “Me vê um chopps e dois pastel”; Nenhum dono de borracharia poderá escrever cartaz com a palavra “borraxaria” e nenhum dono de banca de jornal anunciará “Vende-se cigarros”;

Nenhum livro de gramática obrigará os alunos a útilizar colocações pronominais como “casar-me-ei” ou “ver-se-ão”.

(Piza, Daniel. Uma proposta imodesta. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 08/04/2001)

De acordo com as características textuais presentes no Texto II, é possível identificá-lo da seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • Esse tipo de texto é bem comum nas colunas de opinião de jornais. Há diversos colunistas que se expressam por meio da ironia, recurso que, em regra, não deve ser utilizado em matérias jornalísticas comuns. O interessante é notar que, mesmo sem expor a sua posição de forma analítica, fica clara qual é a posição do autor em relação ao tema.
  • Ele usou a forma irônica para chamar a atenção do leitor, este recurso é caracterizado como função apelativa ou conotativa.

  • A supressão traz clareza, mas, para ficar correta deveria ter crase indicando a substituição do "para" pela proposição "a", como não tem, continua incorreta