ID 6379 Banca ESAF Órgão MTE Ano 2006 Provas ESAF - 2006 - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho - Prova 1 Disciplina Português Assuntos Coesão e coerência Interpretação de Textos Os trechos abaixo constituem um texto. Assinale a opção que apresenta erro. Alternativas A Primeira Revolução Industrial pode ser entendida como uma guinada de todos os indicadores econômicos ingleses, sobretudo nas duas últimas décadas do século XVIII. Tal avanço dos indicadores econômicos tiveram várias razões: a intensificação do Comércio Internacional desde o século XVI, a Revolução Agrícola (e a expulsão de vastos contingentes de campesinos para as cidades), o surgimento de uma indústria têxtil inglesa etc. Esses acontecimentos propiciaram o que o historiador Eric Hobsbawm chama de a "partida para o crescimento auto-sustentável". Por "crescimento auto-sustentável" entende-se: o poder produtivo das sociedades humanas, até então sujeito a variáveis climáticas ou demográficas, tornou-se crescente e constante - livre de epidemias, fomes, pestes ou intempéries, que regularmente ceifavam grandes contingentes de mão-deobra em quase toda a Europa. Contraposto à Idade Média, em que o problema crônico da produção era a falta de homens e mulheres nos campos (e não de terras), o período que se segue à Revolução Industrial é aquele em que o homem começa a tornar-se um pouco mais supérfluo. Como explicita Hobsbawm, trata-se de período em que, às grandes massas de desempregados e campesinos desapossados, juntou-se um sistema fabril mecanizado que produzia "em quantidades tão grandes e a um custo tão rapidamente decrescente a ponto de não mais depender da demanda existente, mas de criar o seu próprio mercado". (Raquel Veras Franco, Breve Histórico da Justiça e do Direito do Trabalho no Mundo.(http://www.tst.gov.br/Srcar/Documentos/Historico) Responder Comentários E a palavra "FOMES" no final da alternativa C não estaria incorreta também? ,o surgimento de uma indústria têxtil inglesa etc.NÃO DEVERIA TER UMA VÍRGULA ANTES DO ETC. ? Posso afirmar que há dois modos corretos: Vistos etc. e Vistos, etc.1ª observação: A vírgula antes do etc. é facultativa. O moderno é não usá-la, pois além de contribuir para a não-poluição do texto, a vírgula ali não tem muita lógica, já que et cetera (do latim et coetera), aportuguesado etcétera, quer dizer e [os] outros; e assim por diante. Contudo, o Formulário Ortográfico de 1943 emprega a pontuação antes de etc. Usa mesmo o ponto-e-vírgula quando fecha uma enumeração separada por esse sinal gráfico. Por exemplo: "A letra H (...) se conserva no princípio de várias palavras e no fim de algumas interjeições: haver, hélice, hidrogênio, hóstia, humildade; hã!, hem?, puh!; etc."2ª observação: O ponto depois de etc. é abreviativo. Quando o ponto abreviativo coincide com o ponto-final, basta um ponto (isso vale também para outras abreviações). Do mesmo modo, não há por que usar três pontinhos(*etc...). Reticências depois de etc. só para marcar uma ironia, o que é caso raro. "trata-se de período em que" ... não seria: trata-se de UM período em que? LETRA E...às grandes ????CRASE NO "AS"???? Para melhor entendermos a crase na alternativa "e", podemos trocar as expressões de lugar:"...trata-se de período em que, às grandes massas de desempregados e campesinos desapossados, juntou-se um sistema fabril mecanizado..."---> Trata-se de período em que um sistema fabril mecanizado juntou-se às grandes massas de desempregados e campesinos desapossados.O verbo "juntar", no caso, é VTI (juntar-se a/com), portanto, deve haver crase em "as".Um sistema fabril mecanizado --> sujeitoÀs grandes massas de desempregados e campesinos desapossados --> objeto indireto erro da B) Tal avanço .. tiveram (TEVE!) E)Inverter a ordem para entender o uso da crase:: um sistema fabril juntou-se às massas Minha dúvida na alternativa e) é a respeito da vírgula: Ela não está separando o verbo do objeto indireto? e) Como explicita Hobsbawm, trata-se de período em que, às grandes massas de desempregados e campesinos desapossados, juntou-se um sistema fabril mecanizado que produzia "em quantidades tão grandes e a um custo tão rapidamente decrescente a ponto de não mais depender da demanda existente, mas de criar o seu próprio mercado". (Raquel Veras Franco, Breve Histórico da Justiça e do Direito do Trabalho no Mundo.