Alternativas
Um diploma universitário ou o ingresso no ensino superior não são garantias que os salários não se deteriorem de modo mais intenso nos períodos de crise, pois as maiores perdas entre 2002 e 2006, ocorreram nos trabalhadores com mais de 11 anos de estudo.
A maior perda real da remuneração das pessoas, com maior nível de instrução ocorre em razão da grande oferta de mão-de-obra qualificada, sem ter a contrapartida da expansão das vagas "de classe média".
À força de trabalho "abundante" traz-se um alto nível de competição no mercado de trabalho que "achatam" os salários, especialmente em períodos de fraco nível de atividade econômica.
Com farta oferta de mão-de-obra no Brasil, as empresas podem selecionar profissionais qualificados pagando-lhes salários mais baixos e, muitas vezes, contratar um profissional mais capacitado do que a função exigiria.
O fenômeno não é uma tendência mundial: trata-se de uma anomalia do mercado de trabalho brasileiro, que existe uma redução de postos de trabalho possuindo remunerações mais elevadas por que o modelo econômico brasileiro destrói empregos de classe média.