CIMENTO POZOLÂNICO: É especialmente indicado em obras expostas à ação de água corrente e ambientes agressivos. O concreto feito com este produto se torna mais impermeável, mais durável, apresentando resistência mecânica à compressão superior à do concreto feito com Cimento Portland Comum, a idades avançadas. Apresenta características particulares que favorecem sua aplicação em casos de grande volume de concreto devido ao baixo calor de hidratação.
Para além do seu uso em obras submersas, a alta alcalinidade dos cimentos pozolânicos torna-os resistentes às causas mais comuns de corrosão, incluindo à provocada por sulfatos de origem atmosférica, em especial os resultantes das chuvas ácidas. Depois de completamente endurecido (após um período de cura em geral longo), as argamassas pozolânicas são em geral mais duras do que misturas semelhantes contendo apenas cimento Portland. Essa dureza deve-se à sua menor porosidade, o que também as torna menos propensa a absorver água por capilaridade e menos atreitas a fragmentação superficial (spalling).
O cimento Portland pozolânico (conforme norma ABNT NBR 5736), em geral conhecido pela sigla CP IV, é constituído por clínquer e gesso: 45 a 85%; escórias: 0 a 5%; pozolanas: 15 a 50%; material carbonatado: 0 a 5%.
CIMENTO CP I (PORTLAND COMUM)
Um desafio a ser enfrentado pela indústria do concreto nos dias atuais, que consiste na coexistência do desenvolvimento tecnológico e da preservação do meio ambiente, principalmente em função dos problemas associados ao cimento Portland, seu principal constituinte.
A produção de uma tonelada de cimento consome cerca de 5 GJ de energia (STRUBLE e GODFREY, 2004)
e requer aproximadamente 1,7 toneladas de matéria-prima, basicamente composta de calcário e argila. A indústria cimenteira mundial é responsável, ainda, pela emissão de cerca de uma tonelada de dióxido de carbono (CO2), por tonelada de clinker produzido, além de outros gases intensificadores do efeito estufa, como CO, CH4, NOx, NO2 e SO2,
CURIOSIDADE:
Originalmente, o termo pozolana era atribuído às cinzas de origem vulcânica
que reagem com a cal em presença de água, à temperatura ambiente. Com o
decorrer do tempo, a definição foi estendida a outros materiais que, embora de
origens diversas, exibem comportamento semelhante. Atualmente, considera-se
pozolânico todo material inorgânico, natural ou artificial, silicoso ou alumino-silicoso
que por si só não apresenta atividade hidráulica.