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ID
65464
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-DFT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Rita, com 83 anos de idade, com doença pulmonar
crônica, chegou ao vigésimo dia de internação, período em que
passou por vários tipos de exames, dos mais simples aos mais
invasivos. Ainda sem um diagnóstico preciso que explicasse a
intensificação dos sintomas de fadiga extrema, seria necessário
prosseguir os exames. Há seis meses, o irmão de Rita, após duas
semanas de internação no mesmo hospital, faleceu. A lembrança
desse irmão, que sempre foi muito próximo a ela, ainda está
muito viva. "Foi como se tivesse sido ontem", diz ela, cujo maior
desejo é voltar para sua casa, já não mais suportando a
permanência naquele hospital, apesar de todo apoio que recebe
dos filhos e da equipe médica.
A partir do caso hipotético acima, julgue os itens a seguir, acerca
da intervenção ética do psicólogo junto à pessoa doente.

A psicologia e a ética juntas contribuem para uma digna vivência da morte, ou seja, para que esta não seja reduzida simplesmente a um processo biológico que permita morrer sem dor. O amparo a Rita, cujos dados são compatíveis com a condição de paciente terminal, bem como à sua família, é importante para auxiliar na tomada de consciência do que está implicado no processo de morrer.

Alternativas
Comentários
  • Não tou conseguindo identificar o que está errado nesta questão! Por favor, alguém que tenha encontrado o erro poderia comentar?
  • No texto descrito na questão 71, fala sobre Rita, mas não coloca dados compatíveis com a condição de paciente terminal, como afirma a questão 72. Portanto, acredito que o erro esteja na última frase quando ele diz que os dados são compatíveis com a condição de paciente terminal. Além disso, não é importante a tomada de consciência do que está fazendo Rita morrer, como afirma o final da frase. O profissional de saúde tem que "conhecer os problemas (biopsicossociais) implicados no processo do adoecer e morrer, para ajudá-lo a se sentir melhor e ter um resto de vida digna. Não desistir do tratamento do paciente. O paciente pode desistir, mas os profissionais de saúde não." (Disponível no site:http://br.monografias.com/trabalhos/disciplin/disciplin.shtml)Para saber mais:"Quando atendemos ao paciente terminal é de fundamental importância que toda a equipe esteja bastante familiarizada com os estágios pelos quais ele passa, lembrando que podem se intercalar e repetir durante todo o processo da doença, descritos por E. Kübler Ross, em seu livro Sobre a Morte e o Morrer (4) e que permitem uma visão real da complexidade vivida pelo paciente diante da sua terminalidade e do morrer. São eles: a negação e o isolamento, a raiva (revolta), a barganha, a depressão e a aceitação, complementando-se com a esperança, que persiste em todos estes estágios e que é o que conduz o paciente a suportar sua dor. "Quando um paciente não dá mais sinal de esperança. Geralmente é prenúncio de morte iminente." (Disponível no site: http://br.monografias.com/trabalhos/disciplin/disciplin.shtml)
  • "...para uma DIGNA vivência da morte..." acho q ta aí a dica.

  • O caso descrito não relata um paciente em estado terminal! A questão crucial é que Rita demanda uma escuta pelo sofrimento que tem com a morte recente do irmão - daí a relevância do psicólogo.

  • Creio que a dica esteja no fato da intensificação dos sintomas não serem explicáveis através de uma análise fisiológica, que não observa a possibilidade da cronificação da doença por conta de uma quadro depressivo gerado pela morte do irmão afetivamente próximo, no mesmo hospital e num passado não distante. O que contradiz com o papel ético do psicólogo descrito na questão, na medida em que deveria trabalhar na elaboração do luto pelo irmão perdido, sua condição de fragilidade e sua qualidade de vida e não simplesmente preparar a paciente (e sua família) para a morte. Inclusive sugerir a possibilidade de mudá-la de hospital, na medida em que há grandes sinais que o ambiente que a faz lembrar da morte do irmão vêm trazendo prejuízos ao tratamento. 
  • O psicólogo nesse caso esqueceu de trabalhar o processo de LUTO e se precipitou em diagnosticar subjetivamente o processo de  fase terminal.

  • A psicologia e a ética juntas contribuem para uma digna vivência da morte, ou seja, para que esta não seja reduzida simplesmente a um processo biológico que permita morrer sem dor. Considero que o negrito mostra o erro da questão.


  • Errado. A questão está falando da postura do Psicólogo em relação a pacientes terminais. Contudo, em nenhum momento da descrição do caso de Rita, aponta que ela seja paciente terminal. As premissas estão certas, porém uma coisa não tem nada a ver com a outra. Não há indícios que Rita seja paciente terminal, logo a questão não justifica o enunciado.

  • A banca induz o candidato ao erro ao associar a idade de Rita com o processo de morte! Rita não é paciente terminal, tadinha da Rita!