SóProvas


ID
664312
Banca
FCC
Órgão
TRE-PR
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão abaixo baseia-se no texto
seguinte.

O tempo não perdoa o que se faz sem ele, costumava dizer Ulysses Guimarães, citando Joaquim Nabuco. Desse modo ensinava a importância na política do apropriado discernimento do momento oportuno. Não é fácil a identificação desse momento, pois, entre outras coisas, requer conjugar o tempo individual de um ator político com o tempo coletivo de um sistema político e de uma sociedade. Além disso, o tempo flui e é instável no seu movimento, e não só na política. É o caso do tempo na meteorologia, cada vez menos previsível por obra das mudanças climáticas provocadas pela ação humana. 

A vasta reflexão dos pensadores, dos poetas e cientistas sobre o estatuto do tempo e seu entendimento aponta para uma complexidade que carrega no seu bojo o desafio de múltiplos significados, cabendo lembrar que a função da orientação é inerente à busca do saber a respeito do tempo. Assim, uma coisa é conhecer o tempo do relógio, que molda o mensurável de uma jornada de trabalho. Outra coisa é lidar com a não mensurável duração do tempo vivido, que perdura na consciência, e não se confunde, por sua vez, com o tempo do Direito, que é o tempo normatizado dos prazos, dos recursos, da prescrição, da coisa julgada, da vigência das leis e do drama cotidiano da lentidão da Justiça.

A busca do saber sobre o tempo tem, como mencionei, uma função de orientação. Neste século XXI, é preciso parar para pensar a vertiginosa instantaneidade dos tempos e os problemas da sua sincronização, que a revolução digital vem intensificando.

A tradicional sabedoria dos provérbios portugueses diferencia o tempo do falcão e o tempo da coruja. O tempo do falcão é o da rapidez e da violência. É este o tempo que nos cerca. O tempo da coruja é o da sabedoria − a sabedoria que nos falta para lidar com a estrutura de possibilidades do tempo no mundo em que estamos inseridos.  

(Celso Lafer. Trecho, com adaptações, de artigo publicado em O Estado de S. Paulo, 20 de novembro de 2011. A2, Espaço Aberto) 




O tempo não perdoa o que se faz sem ele ...

A afirmativa que inicia o texto encaminha para

Alternativas
Comentários
  • tudo tem seu tempo!
    cuidado para nao colocar a carroça na frente dos burros !
    o apressado come crú !
    camarão que dorme a onda leva !

    coloquei alguns proverbios p tentar mostrar que sem a devida analise, o tempo pode ser seu inimigo ou aliado.dessarte, ele deve ser ponderado em conjunto com o fim que se quer chegar.
  • posso estar enganado, mas estas provas de português da FCC exigem uma certa dose de subjetividade!!!!
  • Questão confusa hein. Subjetividade? Não sei, mas  as alternativa C e E me confundiram.

    alguém pode explicar? C ou E ? pq??
  • Tudo muito sutil mesmo. Desconfiar sempre de respostas copiadas do texto e coladas nas alternativas.

  • Amigos, essa questão é fácil interpretação. Não podemos interpretar visualizando unicamente o início do texto, e sim o seu todo.
    De maneira genérica, o autor nos traz como tema central a instantaneidade do tempo em que vivemos. Os dias, os meses, os anos são , cada vez mais, imperceptíveis. Dessa maneira, é preciso parar e recalcular  a "rota da vida". Refletir sobre o que fazemos de nosso escasso tempo.

    Resposta: Letra "C"

  • Cara... o que ele quer dizer com: " o tempo nao perdoa o que se faz sem ele".
  • GABARITO: LETRA C

    Note que o pronome “ele” retoma o vocábulo “tempo”. Assim, a afirmativa revela, em outras palavras, que o que fazemos “sem tempo”, ou seja, às pressas, sem pensar, não tem retorno. Somos encaminhados, então, a concluir que devemos pensar nessa agilidade do tempo e em como sincronizar nossas atitudes, que são pessoais, com o tempo coletivo, que corre a nossa revelia.
  • subjetivo, hein!
    faz parte do caminho.

    vamos em frente.

  • Errei feio essa!!!

    Mas a prova está muito bem feita!