A criação e a gestão de redes organizacionais pressupõem a interação entre seus membros e a habilidade de construção coletiva fundada na confiança mútua, que caracteriza a presença de capital social.
Conceito de capital social:
Para a sociologia, o capital social é o que possibilita a cooperação entre duas partes. A noção não implica necessariamente algo positivo, já que os contactos entre as pessoas podem dar lugar a situações negativas (como as sociedades mafiosas, por exemplo).
Dito por outras palavras, o capital social implica a sociabilidade de um grupo humano, com os aspectos que permitem a colaboração e o seu uso. Os sociólogos sublinham que o capital social é formado pelas redes sociais, pela confiança mútua e pelas normas efectivas, três conceitos que não são fáceis de definir e que podem variar dependendo do ponto de vista do analista.
Fonte: http://conceito.de/capital-social
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O termo rede é utilizado, dentro do escopo de interesse deste trabalho, para designar uma forma particular de associação, de natureza horizontal, que reúne, voluntariamente, atores diversos, que interagem entre si, de maneira sistemática, compartilhando, em menor ou maior grau, certos valores comuns, e implementando, conjuntamente, estratégias de interesse coletivo, visando algum ganho socioeconômico (para empresas, setores e comunidades).
A criação e a gestão de redes organizacionais pressupõem a necessidade de interação entre seus membros e a habilidade de construção coletiva. Para isso, é fundamental a confiança mútua, que caracteriza a presença de capital social.
Capital social manifesta-se por meio das redes sociais e das normas de confiança que facilitam a coordenação e a cooperação, tornando possível a ação coletiva, de natureza voluntária, para benefício mútuo, no interior dos grupos e das organizações.
Redes organizacionais são, no sentido aqui proposto, exatamente espaços de interação, resultantes do incremento de capital social e dotados de algum propósito.
A rede é um conjunto de organizações ou de indivíduos engajados, reciprocamente, em transações recorrentes, reguladas segundo uma lógica de coordenação que extrapola o caracter estrito seja do mercado, seja da hierarquia (ver, a propósito desse assunto, MENARD, 2004). Trabalhando com esse conceito, Geindre (2001) procurou identificar os cinco pontos fundamentais que caracterizam uma rede: tempo de existência; confiança; dependência compartilhada e interdependência; especificidade dos propósitos da relação; natureza dos ganhos obtidos
Fonte: "Criação e gestão de redes: uma estratégia competitiva para empresas e regiões"