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Fiquei na dúvida por a, então fui por eliminação:
B) errada, dependendo das preferências e da taxa de juros, pode ser que aumente no segundo período também.
C) errada, se o consumidor é poupador, ou seja, consome menos hoje para poder mais amanhã, com o aumento da taxa de juros ele diminui seu consumo no presente.
d) errada, o fato de haver restrições de crédito reforçará a relação entre renda e consumo.
e) O ponto ótmo é quando a inclinação da curva de indiferença é igual a da restrição orçamentária.
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Essa questão não tem resposta.
A) Incorreta. O valor absoluto da declividade da reta de restrição orçamentária é (1+r). Como este foi o gabarito da banca, a questão é passível de recurso (esta questão não tem escapatória, ela será anulada irremediavelmente).
Segundo N. Gregory Mankiw, Macroeconomia, 6ª.edição, ed. LTC, página 342:
“A inclinação da curva de indiferença corresponde à taxa marginal de substituição, TMS, e a inclinação da linha do orçamento corresponde a 1 mais a taxa de juros real. Concluímos que, no ponto O, TMS=1+r.”
Fonte: Prof Heber Carvalho
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A letra "A" afirma sobre a declividade da restrição orçamentária na relação de consumo presente e futuro, não sobre a restrição orçamentária no equilíbrio, quando essa é tangente da curva de indiferança em que se referiu Mankiw. Seria um peguinha considerando a posição dos eixos de consumo presente e futuro.
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No modelo de consumo intertemporal, as famílias
decidem quanto consumir e poupar hoje, levando em conta o futuro, pois consumir
mais hoje é, consequentemente, poupar menos, isso, porém, pode significar um
consumo menor amanhã.
Geralmente, as pessoas quando jovens poupam para
terem um consumo desejável na velhice, já que, quando idosas, é esperada uma
renda menor. As pessoas podem, ainda, tomar empréstimos para consumir mais no
presente, obviamente, menos no futuro. Os agentes defrontam com uma restrição
chamada de restrição orçamentária intertemporal nas suas decisões de consumo.
Para entendermos como as famílias alocam o consumo
ao longo do tempo, vamos dividir o modelo em dois períodos:
1º período = consumo presente
2º período = consumo futuro
Considerando Y = renda, C = consumo, S = poupança, r
= taxa de juros.
A poupança do período 1 é dada por: S1 =
Y1 - C1 (1)
O consumo do 2º período é dado por: C2 =
(1+r)*S1+Y2 (2)
Substituindo (1) em (2)
C2 = (1+r)* (Y1 - C1)+Y2
Isolando-se C1 e C2, temos:
C2 = (1+r)* (Y1 - C1)+Y2
C2 -Y2= (1+r)* (Y1
- C1)
(C2 -Y2)/(1+r) = (Y1
- C1)
C2/(1+r) -Y2/(1+r) = Y1 - C1
C2/(1+r) + C1 = Y1
+ Y2/(1+r) (3)
C1 = Y1 + Y2/(1+r)
- C2/(1+r)
C1 = Y1 + [1/(1+r)]*(Y2
- C2)
Fonte: Manual de Macroeconomia.
b)
Errado. Uma elevação da renda do consumidor,
tudo o mais constante, provoca aumento do consumo no primeiro período, C1 = Y1 - S1,
e no segundo período, C2
= (1+r)* (Y1 - C1)+Y2
, demonstrada no item a.
c)
Se o consumidor é um poupador no primeiro período, um aumento da taxa de
juros, tudo o mais constante, aumenta o seu consumo no segundo período,
conforme equação 2: C2 =
(1+r)*S1+Y2. Se um consumidor é um poupador, uma elevação
na taxa de juros melhora sua situação, proporcionando maior consumo no período
2.
d)
Errado. A existência de restrições de crédito
ao consumidor VALIDA a tese
keynesiana de que o consumo é função somente da renda corrente, uma vez que os
consumidores com preferência pelo consumo atual não conseguirão contrair
empréstimos para financiar os gastos presentes em detrimento do futuro, assim o
consumo dependerá exclusivamente da renda presente.
e)
Errado. A decisão do consumidor pode ser facilmente
obtida, combinando-se as curvas de indiferenças com a restrição orçamentária
intertemporal, o equilíbrio dá-se onde a curva de indiferença tangencia a
restrição orçamentária intertemporal, nesse ponto, a taxa marginal de
substituição é igual à inclinação da restrição orçamentária.
Gabarito: Letra "A".
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a) Aqui está o gabarito! E muito cuidado com uma coisa importante: na aula nós vimos que a inclinação da reta é (1+r). No entanto, note que 1/(1+r) é o inverso. E isso pode sim ser válido. Basta que se trabalhe com o consumo do primeiro período no eixo vertical, ou seja, que se faça a inversão dos eixos. É “maldade” do examinador. Mas até por eliminação, vemos que essa foi a intenção mesmo!
b) Errado! Isso só ocorreria se não houvesse possibilidade de empréstimo. Mas nada disso foi dito. Se há um aumento da renda presente, a capacidade de consumo presente se eleva, claro. Mas a capacidade de consumo futuro também porque o modelo pressupõe exatamente que a renda pode ser transportada no tempo.
c) Errado! Se o consumidor é poupador, ele se beneficia de juros mais altos. Isso eleva sua capacidade de consumo no segundo período simplesmente porque a remuneração da grana poupada é maior.
d) Pelo contrário! A existência de restrições de crédito é que dá maior validade à tese de que o consumo é função somente da renda corrente, afinal, se não for possível tomar crédito, só é possível consumir com a renda presente.
e) Errado! É como a teoria geral do consumidor: o ponto ótimo é quando as inclinações da curva de indiferença e da restrição orçamentária se igualam.
Resposta: A