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ID
712516
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2012
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com base na teoria macroeconômica, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Quanto à ALTERNATIVA (B) = INCORRETA, o assim chamado “paradoxo da parcimônia” foi estabelecido por Keynes na Teoria Geral. Esse paradoxo está relacionado com os efeitos macroeconômicos de um aumento da fração da renda que os indivíduos desejam poupar. A idéia do paradoxo é a seguinte. Um indivíduo tomado isoladamente pode aumentar a sua poupança se decidir aumentar a fração poupada da sua renda. Isso porque a renda do indivíduo é independente da sua decisão de gasto. Contudo, a nível macroeconômico a renda é determinada pelas decisões de gasto de todos os indivíduos. Sendo assim, se todos os indivíduos resolverem reduzir os seus gastos de consumo na esperança de, com isso, aumentar a sua poupança, o efeito final será uma redução de tal magnitude na renda dos indivíduos que a poupança continuará exatamente igual ao que prevalecia antes da redução dos gastos de consumo.
    A extensão do “paradoxo da parcimônia”para o longo-prazo foi feita por Joan Robinson (1962). No modelo de crescimento de Robinson um aumento da “propensão a poupar” irá resultar numa redução da participação dos lucros na renda e, dado o grau de utilização da capacidade produtiva, numa redução da taxa de lucro. Supondo que o investimento depende diretamente da  taxa de lucro, segue-se que, como resultado do aumento da propensão a poupar, haverá uma redução da taxa de investimento. Daqui se segue que, no longo-prazo, um aumento da propensão a poupar será seguido por uma redução da taxa de investimento e da própria taxa de poupança.
    ALTERNATIVA (D) = CORRETA
    Ao elevarmos os depósitos à vista (DV), aumentaremos a Propensão Marginal a Poupar (d).
    Ao aumentar a Propensão Marginal a Poupar (d), consequentemente aumentaremos o Multiplicador Monetário (K), o que contribui para a expansão da oferta de moeda.
  • a) Lucros das empresas reinvestidos é DEBITADO da Balança de Serviços e Rendas (Balanço de Rendas) e  CREDITADO na Conta de Capital e Financeira 
    b) Pessoas racionais não utilizam toda a renda para o consumo elas poupam. Poupando diminuem sua propenção a consumir, o que leva a diminuição da Demanda. Quando a demanda cai a Oferta também cai, logo diminui o nível do produto, o que leva ao desemprego, diminuindo mais a propenção a consumir e o cilo recomeça.

    c) 
    Déficit Primário (DP):
    despesas não financeiras - receitas não financeiras
    Déficit Operacional (DO): DP + Juros reais sobre a dívida
    Déficit Nominal: DO + Correção Monetária e correção cambial

    d) Corrreta

    e) k = 1/(1-PmgC)
    k=1/1-0,15 k=1,1764...
  • (1) M1= m.B

    (2) M1= PMPP + DAV 

    Ao aumentar DAV, terá um aumento do M1.

    Voltando a primeira fórmula, com aumento de M1, provocará aumento de m ( multiplicador monetário) e de B (base monetaria)

  • Analisando a questão:

    a)  Errado. Os lucros das empresas estrangeiras reinvestidos no Brasil são contabilizados, como crédito, na Conta de Serviços e Rendas, no subgrupo de rendas de capital, esta conta se refere aos rendimentos de capital auferidos/pagos pelo país. São incluídos, também, os juros pagos/recebidos ao exterior por empréstimos ou financiamentos recebidos/concedidos por não residentes em um momento anterior; os lucros enviados por empresas nacionais no exterior; os lucros remetidos pelas empresas estrangeiras no país.

    b) Errado. O paradoxo da parcimônia considera que se houver uma maior propensão marginal a poupar (menor propensão marginal a consumidor) poderia, via multiplicador, diminuir a renda. Como é a renda que determina a poupança, a poupança viria a diminuir, divergente do conceito trazido pela questão.

    c) Errado. As necessidades de financiamento no setor público, no conceito operacional, deduz a correção monetária, aplicando-se, portanto, a taxa de juros real sobre o estoque da dívida pública. Assim, neste conceito, podemos ter a seguinte relação: gasto público não financeiro (G) menos total de arrecadação não financeira (T) mais o estoque da dívida (B) vezes a taxa de juros real(r) = NFSP co = G-T +r*B.

    d) Correto. Com o aumento dos depósitos à vista nos bancos comerciais, eleva-se o multiplicador monetário, o que contribui para a expansão da oferta de moeda, já que o valor do multiplicador será tanto maior quanto maior for a preferência do público por depósitos a vista frente ao papel moeda, e quanto menor a proporção de reservas dos bancos.

    e) Errado. Em uma economia aberta, caso a propensão marginal para poupar seja igual a 0,25 e a propensão marginal para consumir bens importados, m, igual a 0,15, então o multiplicador Keynesiano será igual a α = 1/(1- c (1 - t)+m), deduzindo dos dados, temos que a propensão a tributar, t, é zero e a propensão marginal a consumir é igual a 1 menos a propensão marginal a poupar,1 - 0,25 = 0,75, c. Substituindo os dados: 1/(1- 0,75 (1 - 0)+0,15), logo o valor do multiplicador Keynesiano é 2,5.

    Gabarito: Letra “D".

  • Eu faria duas correções com relação aos comentários da Juliana e do Jorge

    1) o aumento de DV realmente aumenta M1 e m (multiplicador monetário), mas reduz B (base monetária):

    M1 = PMPP + DV

    B = M1 - DV + R (encaixes totais)

     

    2) com relação ao multiplicador keynesiano para os dados informados na questão o correto seira:

    k = 1/1-c+m

    k= 1/1-0,75+0,15

    k=1/0,6

    k=2,5

  • Com base na teoria macroeconômica, assinale a opção correta.

    Os lucros das empresas estrangeiras reinvestidos no Brasil são contabilizados como crédito na conta capital e financeira do balanço de pagamentos brasileiro.

    a) Errado. Os lucros das empresas estrangeiras reinvestidos no Brasil são contabilizados, como crédito, na Conta de Serviços e Rendas, no subgrupo de rendas de capital, esta conta se refere aos rendimentos de capital auferidos/pagos pelo país. São incluídos, também, os juros pagos/recebidos ao exterior por empréstimos ou financiamentos recebidos/concedidos por não residentes em um momento anterior; os lucros enviados por empresas nacionais no exterior; os lucros remetidos pelas empresas estrangeiras no país.

    Segundo o paradoxo da parcimônia, um aumento da poupança, no curto prazo, contribui para elevar o investimento e o nível de equilíbrio do produto interno bruto.

    b) Errado. O paradoxo da parcimônia considera que se houver uma maior propensão marginal a poupar (menor propensão marginal a consumidor) poderia, via multiplicador, diminuir a renda. Como é a renda que determina a poupança, a poupança viria a diminuir, divergente do conceito trazido pela questão.

    As necessidades de financiamento no setor público, no conceito operacional, incluem a correção monetária, aplicando- se, portanto, a taxa de juros nominal sobre o estoque da dívida pública.

    c) Errado. As necessidades de financiamento no setor público, no conceito operacional, deduz a correção monetária, aplicando-se, portanto, a taxa de juros real sobre o estoque da dívida pública. Assim, neste conceito, podemos ter a seguinte relação: gasto público não financeiro (G) menos total de arrecadação não financeira (T) mais o estoque da dívida (B) vezes a taxa de juros real(r) = NFSP co = G-T +r*B.

    Prof. QC

  • Com o aumento dos depósitos à vista nos bancos comerciais, eleva-se o multiplicador monetário, o que contribui para a expansão da oferta de moeda.

    d) Correto. Com o aumento dos depósitos à vista nos bancos comerciais, eleva-se o multiplicador monetário, o que contribui para a expansão da oferta de moeda, já que o valor do multiplicador será tanto maior quanto maior for a preferência do público por depósitos a vista frente ao papel moeda, e quanto menor a proporção de reservas dos bancos.

    Em uma economia aberta, caso a propensão marginal para poupar seja igual a 0,25 e a propensão marginal para consumir bens importados, igual a 0,15, então o multiplicador keynesiano será igual a 10.

    e) Errado. Em uma economia aberta, caso a propensão marginal para poupar seja igual a 0,25 e a propensão marginal para consumir bens importados, m, igual a 0,15, então o multiplicador Keynesiano será igual a α = 1/(1- c (1 - t)+m), deduzindo dos dados, temos que a propensão a tributar, t, é zero e a propensão marginal a consumir é igual a 1 menos a propensão marginal a poupar,1 - 0,25 = 0,75, c. Substituindo os dados: 1/(1- 0,75 (1 - 0)+0,15), logo o valor do multiplicador Keynesiano é 2,5.

    Gabarito: Letra “D".

    Prof. QC