A mediação é um mecanismo de solução de conflitos, no qual um terceiro imparcial e com capacitação adequada facilita a comunicação en- tre as partes, sem propor ou sugerir quanto ao mérito, possibilitando o diálogo participativo, efetivo e pacífico, permitindo-se a construção de uma solução satisfatória pelas próprias partes. A mediação possibilita, por meio de técnicas próprias, utilizadas pelo mediador, a identificação do conflito real vivenciado, suas possíveis soluções.
O mediador está preocupado especialmente com o relacionamento entre as partes e em fazer com que elas descubram os seus reais interesses. Ele é um terceiro que facilita sem decidir, pois nin- guém sabe mais do que elas próprias para decidir sobre si mesmas.
O perfil do mediador, por sua vez, faz referência às características intrínsecas como a aptidão para auxiliar e estimular a cooperação e o ga- nha-ganha, a facilidade de ouvir, realizar a escuta ativa e facilitar o diálo- go, aberto para a interdisciplinaridade, humilde para não intervir ou deci- dir, criativo para auxiliar as pessoas no encontro dos pontos convergentes na condução de uma solução satisfatória.
Warat (2001, p. 25) discorre sobre “o momento certo” que em grego quer dizer, kairos, um acontecimento único onde a vida e a oportunidade encontram-se e produzem um acontecimento único, é o modo de encon- trar-se consigo mesmo. A mediação é esse momento onde é oportunizado aos mediados um encontro, consigo mesmo e com o outro que, se apro- veitado da melhor maneira, transforma as pessoas.