SóProvas


ID
729658
Banca
FCC
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

As alterações clínicas e os respectivos tipos de choque estão corretamente associados com:

Alternativas
Comentários
  • O choque cardiogênico é o estado em que a função cardíaca prejudicada resulta em uma redução profunda do fluxo sanguíneo periférico. Usualmente, o choque cardiogênico é causado por um infarto agudo do miocárdio maciço que torna 40% do miocárdio ou mais disfuncional por causa de uma necrose ou isquemia. Em consequência, o débito cardíaco é reduzido, e todos os tecidos sofrem de perfusão inadequada. Ou seja, há uma diminuição do débito cardíaco e não um aumento. O choque neurogênico instala-se na sequência de depressão central medicamentosa (ex. em anestesiologia) ou por traumatismo medular/crâneo-encefálico. Um dos mecanismos fisiopatológicos que parece estar implicado nesta situação é a lesão das fibras vasomotoras simpáticas, com isso, os vasos aumentam em diâmetro (vasodilatação), o que faz com que a pressão do sistema circulatório caia, resultando em choque vascular. Ou seja, não está relacionado com o desiquilíbrio hidroeletrolítico. Síndrome do choque tóxico (SCT) é uma emergência médica rara causada por uma toxina bacteriana produzida pelas bactérias Gram-positivas Staphylococcus aureus ou Streptococcus pyogenes. A causa mais comum dessa síndrome é o uso prolongado de absorvente interno que favorece o desenvolvimento da bactéria. Manifesta-se por fadiga extrema, febre alta, cefaleia e mialgia; diarreias, vômito e vermelhidão na pele também podem ocorrer em alguns casos. O choque séptico é uma insuficiência circulatória aguda que é consequência de uma infecção bacteriana. Os sintomas principais podem ser extremidades frias e pálidas, temperatura muito alta ou muito baixa, tremores, tonturas, pressão arterial muito baixa, produção de urina reduzida ou ausente, palpitações, frequência cardíaca acelerada, inquietação, agitação, letargia ou confusão, dispnéia. A mordedura de animais peçonhentos pode levar a vários tipos de choque como o cardiogênico e o hipovolêmico, isso depende do tipo de Peçanha (veneno). Choque hipovolêmico é condição clínica ou cirúrgica na qual ocorre perda rápida de fluídos que resulta no fracasso de múltiplos órgãos devido a perfusão inadequada. A maior parte dos choques hipovolêmicos é secundária à perda rápida de sangue (choque hemorrágico). Assim a hipovolemia leva a uma hipoperfusão tecidual, com desequilíbrio no aporte de Oxigênio e substratos energéticos que podem causar sofrimento dos tecidos até a morte. Deste modo, o choque caracteriza-se clinicamente pela combinação de hipotensão (PAM<60 mmHg), taquicardia, taquipneia, hipersudorese e sinais de hipoperfusão periférica como sejam a palidez, a cianose, extremidades frias e úmidas, oligúria, acidose metabólica, alterações sensoriais e do estado de consciência. Resposta E. Bibliografia Swearingen PL, Keen JH. Manual de Enfermagem no Cuidado Crítico: Intervenções de Enfermagem e Problemas Colaborativos. 4º edição, ed. Artmed, Porto Alegre, 2007. Guyton, A. C. e Hall, J.E. Tratado de Fisiologia Médica, 12ª Edição. Editora Elsevier, 2011.
  • Gabarito: e) oligúria, diminuição da pressão arterial e acidose metabólica na progressão do choque hipovolêmico.


  • oliguria= débito urinário diminuido.