SóProvas


ID
730399
Banca
FCC
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Arquivologia
Assuntos

Muitos autores questionam, atualmente, a natureza dos instrumentos de pesquisa, preferindo englobar os procedimentos de arranjo e descrição sob o título geral de representação arquivística, como o faz a norte-americana Elizabeth Yakel. Na base dessa proposta está a ideia de que os arquivistas produzem narrativas e versões, impondo seus pontos de vista e contribuindo para a construção de determinadas visões do passado. Tais argumentos integram o que se convencionou chamar, na área arquivística, de

Alternativas
Comentários
  • Opção: D

    Tais argumentos integram o que se convencionou chamar, na área arquivística, de Pós-Modernismo.
  • kkkkkkkkkkkkkkkkk
    Sonia, 
    assim fica muito fácil de comentar as questões!
  • As origens de uma Arquivística Funcional ou Pós-moderna residem, justamente, na identificação do novo paradigma enunciado por Taylor e têm seus estudos aprofundados nos textos de Terry Cook, que também admite a obsolescência dos princípios e métodos arquivísticos gerados no século XIX, defendendo seu repensar para a sobrevivência e adaptação da disciplina nos dias atuais.
    Nesse contexto de reformulações e reinterpretações conceituais e disciplinares, Cook defende a ideia de uma mudança que englobe agora o contexto sócio-cultural e ideológico de criação dos documentos. Essa visão recai, também, sobre o papel desempenhado pelos registros nesse novo momento. Segundo o autor, este não deve mais ser visto com um objeto estático e sim como um agente ativo na formação da memória humana e organizacional.
    A abordagem pós-moderna é fruto desse contexto e trabalha no sentido de reconhecer as relações existentes entre os criadores de documentos, as funções desempenhadas por eles e refletidas nos registros, assim como as convenções narrativas empregadas nesse processo que, de algum modo, irão refletir na herança documental.

  • Nesse sentido, a abordagem pós-moderna, apoia-se na análise funcional do processo de criação dos documentos – daí o nome Arquivística Funcional – que, segundo Ketelaar (2000, tradução nossa), substitui a arquivística descritiva, uma vez que somente por meio da interpretação funcional do contexto de criação dos documentos pode entender-se a integridade dos fundos e as funções dos documentos de arquivo em seu contexto original.
    A análise desse contexto é feita a partir da análise dos criadores de documentos, de cima para baixo, do todo para a peça (top-down approach) visando a permitir ao arquivista um melhor entendimento da função, do processo e da atividade que gerou o documento.
    O foco passa a ser externo e não mais interno. O que se deve levar em conta é o contexto e o processo do documento. Uma visão macro e não micro e limitada, segundo os teóricos pós-modernos da área.
    Nesse cenário de reinterpretação, Terry Cook (2001) propõe algumas reformulações ou “novas formulações” para os conceitos e princípios mais importantes da área, visando a mudar o foco da disciplina – do registro para o processo que o gerou.
    Entre os princípios e conceitos reformulados por Cook, destaca-se aqui, novamente, o Princípio da Proveniência, cujas características são agora a virtualidade e elasticidade, e que irá refletir nas funções e processos que levaram o criador a gerar um documento, em uma instituição ou organização dinâmica, que está em constante evolução, com pessoas e culturas diferentes, com abordagens e convenções distintas.
                                      
     Perspectivas em Ciência da Informação, v.16, n.1, p.21-44, jan./mar. 2011

  • Sim, mas a Arquivística Pós-moderna também é chamada de Pós-Custodial, justamente por criticar o modelo custodial que fez parte da disciplina desde o século XIX. A questão deixou dúvidas na interpretação..."Tais argumentos" poderiam ser os argumentos do modelo custodial que é criticado.