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A concepção de saúde da OMS (Organização mundial de saúde) segue a mesma visão dicotômica do homem em que “saúde” é definida como “o estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de enfermidade ou invalidez” ¹ e é a partir de tais construções teóricas que o psicólogo se insere nas instituições de promoção e prevenção á saúde, sob a égide do modelo multidisciplinar que nada mais é que o reflexo da fragmentação das disciplinas científicas “um tipo de pensamento que separa o objeto de seu meio, separa o físico do biológico, separa o biológico do humano, separa as categorias as disciplinas.” (Morim, 1983, citado por Spink, 2003: 31).
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Esta questão é puramente uma cópia, com a supressão de um pequeno trecho, do livro: "Interconsulta Em Saúde Mental" (Luiz Antônio Nogueira Martins), já da primeira página Introdução, segundo parágrafo.
"Como resultado das contribuições da escola psicanalítica que originaram as concepções psicossomáticas, acrescidas dos estudos desenvolvidos por outras disciplinas das áreas humanas, como a sociologia, a antropologia e a psicologia social: nasceram outras disciplinas que têm sido conhecidas por diversas denominações, como Psiquiatria Dinâmica, Psicologia Médica, Psicologia Hospitalar e Psicologia da Saúde.
Essas novas disciplinas apresentam como denominador comum a concepção do comportamento humano como um fenômeno multifatorial e pluridimensional, no qual os conflitos intrapsíquicos e as interações comunicacionais, em especial as intra-familiares, adquirem papel preponderante na relação saúde-doença".
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A doença não pode ser compreendida apenas por meio das medições fisiopatológicas, pois quem estabelece o estado da doença é o sofrimento, a dor, o prazer, enfim os valores e sentimentos expressos pelo corpo subjetivo que adoece. A doença não é mais que um construto que guarda relação com o sofrimento, com o mal, mas não lhe corresponde integralmente. Quadros clínicos semelhantes, ou seja, com os mesmos parâmetros biológicos, prognósticos e implicações para o tratamento, podem afetar pessoas diferentes de forma distinta, resultando em diferentes manifestações e desconforto, com comprometimento diferenciado de suas habilidades de atuar em sociedade. O conhecimento clínico pretende balizar a do conhecimento e da tecnologia.
http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/modulo_politico_gestor/Unidade_6.pdf