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ID
740572
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

A política externa do governo de Luiz Inácio Lula da Silva
(2003-2010)

foi caracterizada por certo esfriamento das relações com os Estados Unidos da América (EUA), tendo o Brasil divergido dos EUA na grande maioria das votações na Assembleia-Geral das Nações unidas (AGNU).

Alternativas
Comentários
  • Bem, na linha geral de que foi na política externa que o PT foi mais PT, meio lógico o relacionamento distante com os Estados Unidos. Ainda mais com o Lula sendo "o cara". A única dúvida que persiste - e que não tive tempo de sanar - é se a última parte da assertiva se confirma. Para isso precisaria comparar as votações. Se alguém estiver disposto para enriquecer os comentários. Para saber mais selecionei dois trabalhos acadêmicos que encontrei:

    http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/101/101131/tde-05102016-162031/pt-br.php

    https://cienciapolitica.org.br/system/files/documentos/eventos/2017/03/politica-externa-brasileira-governo-lula-2003-2010-exercicio.pdf

  • A política externa do governo Lula distanciou-se dos EUA e procurou fortalecer relações com outros parceiros - Mercosul, BRICS, países africanos. A China ter ultrapassado os EUA como nosso principal parceiro comercial foi uma consequência direta disso.

  • O governo Lula certamente não era antiamericano, nem poderia sê-lo por conta do propósito de inserir o Brasil como um Estado com significado na arena internacional. Houve, no entanto,  uma nítida postura antiamericana em diversos, talvez em amplos, setores sociais da base política do PT. Pesquisas de opinião revelam esse grau de desconfiança e de animosidade em certos meios, o que foi revelado por ocasião dos ataques terroristas nos Estados Unidos, em 2001 

    O governo Lula, de modo geral, desejava uma boa relação com os Estados Unidos, mas também buscou uma política de afirmação concreta da defesa dos interesses nacionais. Tais interesses levam à busca de coordenação política com países em desenvolvimento e emergentes, com destaque para a Índia, África do Sul, China e Rússia- aqueles que serão denominados BRICS a partir de 2009 . As relações com a América do Sul também merecem particular atenção, no âmbito do Mercosul.

    Uma das figuras mais proeminentes e conhecidas no gabinete de Lula foi o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, que logo passou a liderar uma frente de países mais pobres para impedir as tentativas euro-americanas de impor mais acordos de "livre comércio". Por conta desta postura houve uma boa quantidade de vezes na quais o Brasil discordou dos EUA na Assembleia das Nações Unidas. Percebe-se, por conseguinte, que a afirmativa apresentada é correta. 

    Gabarito do Professor: CERTO.