Vamos à análise das alternativas.
I. A previsão constitucional de repartição das receitas tributárias altera a distribuição de competência, tendo em vista que influi na privatividade do ente federativo em instituir e cobrar seus próprios tributos. INCORRETO
A repartição das receitas tributárias NÃO ALTERA a competência tributária. Neste sentido, o artigo 6°, parágrafo único do Código Tributário Nacional prevê que os tributos que têm a receita repartida pertencem ao ente a quem a Constituição Federal tenha atribuído.
CTN. Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei.
Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos.
II. A vedação ao confisco é facilmente conceituada no direito pátrio, vez que há definição objetiva, expressa em nosso ordenamento jurídico, que possibilita aplicá-lo concretamente, sem a necessidade de ser estudada com o sistema socioeconômico. INCORRETO
O Princípio da Vedação ao Confisco apresenta definição indeterminada no nosso ordenamento jurídico, devendo ser analisado no caso concreto para sua correta aplicação.
III. A princípio da carência veda cobrar tributos antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, porém ele só se aplica a algumas espécies de tributos. CORRETO
Exato. Chamado também de Princípio da Anterioridade Nonagesimal ou da Noventena, se aplica apenas a alguns tributos, tendo a própria constituição estabelecido as exceções a este princípio.
CF/88 Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
IV. A orientação do Supremo Tribunal Federal inclina-se na linha de que o empréstimo compulsório é identificado como uma típica modalidade tributária que se sujeita, por isso mesmo, ao regime jurídico constitucional inerente aos tributos em geral. CORRETO
Exato. De acordo com a Teoria Pentapartite, adotada pelo STF, os empréstimos compulsórios são uma das cinco espécies tributárias existentes no nosso ordenamento jurídico e, portanto, ao regime jurídico constitucional inerente aos tributos em geral.
Portanto, somente III e IV estão corretas. Gabarito letra “C”.
Resposta: C