Complementando...
O poder de coação ou de punição. Possui um poder coercivo se uma pessoa imaginar que poderá puni-la, seja pelo uso da força física seja retirando-lhe os privilégios ou as liberdades. Geralmente, este tipo de poder é exercido sob a forma de ameaças verbais ou não verbais, tal como o franzir de uma sobrancelha. Reencontramos no mundo do trabalho sob a forma de ameaças de rompimento do contrato de trabalho ou de suspensão de funções, se não nos curvarmos perante as regras da organização (ausências, atrasos e etc.) Na família, os sinais de tal poder podem ser evidentes, como é o caso da palmada dada a uma criança. (FRENCH e RAVEM, 1959)
O poder de recompensa. Se algumas pessoas pensam que estão em condição de lhes conceder favores, isto seria um poder de recompensa (parecido com o reforço positivo da teoria behaviorista). Essas recompensas podem ser muito pessoais, como um sorriso por meio da atribuição da legião de honra. Também podem dizer respeito a dinheiro ou a presentes. Na empresa, manifestam-se pelos prêmios de produtividade ou por solicitações pelo superior hieráquico. Nas relações privadas, podem revestir todas as formas que a sua imaginação puder colocar à suas disposição. (FRENCH E RAVEM, 1959).
O poder de conhecimento. Algumas pessoas pensam que você possui conhecimentos ou competências específicas que fazem de si um especialista. Ouvimos os peritos e seguimos os seus conselhos. Obedecemos a um médico que nos prescreve uma injeção, ainda que não conheçamos perfeitamente os efeitos e a composição dos produtos. Muitas pessoas tem o poder de conhecimento no trabalho. pois detem informação de suma importância; detem, portanto, um poder de conhecimento considerável. (FRENCH E RAVEM, 1959)
O poder de referência ou o poder carismático. Se tem poder de referência é porque lhe conhece qualidade pessoais, carisma, querem parecer consigo, as pessoas identificam-se consigo, copiam-no, imitam-no, em suma, admiram-no. Disso decorrerá obediência e vai lhe conferir poder. Esta influência pode igualmente ser suscitado por um grupo ao qual alguém se refere porque quer fazer parte dele. Imita, então, os comportamentos de seus membros como uma finalidade de identificação.
O poder legítimo. Possui um poder legítimo se o seu estatuto o autoriza a pedir a outro para agir de uma determinada maneira. É o caso do professor que manda os alunos fazerem uma fila ou de um gerente de uma empresa que manda a sua secretária digitar uma carta. Este poder é legítimo, pois baseia-se nos papéis sociais.
Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/a-psicologia-social-e-o-poder/32169