A emergência do processo de abertura política no final dos anos 70 foi acompanhada da mobilização de segmentos fortes do setor privado contrários a centralização burocrática que, apesar da ênfase na administração indireta, se acentuou na sequência de governos autoritários. Por conta dessas pressões em 1979 o governo do Presidente Figueiredo tenta dar uma resposta a sociedade. De 1979 a 1982, a administração pública federal, embora enfrentando problemas crônicos abre duas novas frentes de atuação: a desburocratização e a desestatização. No início dos anos 1980 registrou-se uma nova tentativa de reformar a administração pública brasileira na direção de uma reforma administrativa gerencial. Isso ocorreu com a criação do Ministério da Desburocratização e o Programa Nacional de Desburocratização. Havia também um descontentamento com a autonomia da administração indireta e suas possíveis práticas de corrupção. Em 1979 criou-se a Sest, secretaria de controle das empresas estatais, que rompia com a natureza empreendedora, autônoma e altamente descentralizante das empresas estatais. A reforma de 1979, então, tinha três grandes pilares:
Desburocratização da Administração Pública Direta
Desestatização - a qual haveria um papel suplementar do Estado no campo da iniciativa privada
Maior controle das Estatais
Ou seja. percebe-se que o Plano Nacional de Desburocratização, aliado com o Plano Nacional de Desestatização ocorreu no final dos anos 80, nas primeiras fases do processo de privatização do Brasil.
O processo de Privatizações no Brasil ocorreu em 3 etapas:
Ao longo dos anos 80 = processo de reprivatizações, cujo principal objetivo era o saneamento da carteira do BNDES.
Entre 1990 e 1995 = aplicação do PND, foram privatizados principalmente setores de siderurgia, petroquímica e fertilizantes
Após 1995 = privatização de serviços públicos (com destaque para energia elétrica e telecomunicações)