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ID
792721
Banca
ESAF
Órgão
Receita Federal
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Carmem, FIscal de tributos, ao fazer auditoria contábil em empresa, intencionalmente abre, ex officio, cartas dirigidas ao proprietário do estabelecimento comercial para verificar se elas tinham alguma informação relevante sobre o faturamento da empresa. Assim, é correto afirmar que



Alternativas
Comentários
  • GABARITO E. LEI 4898/65. Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado: c) ao sigilo da correspondência;
  • Abuso de Autoridade:
     

    Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:

    a) à liberdade de locomoção;
              
               b) à inviolabilidade do domicílio;

    c) ao sigilo da correspondência;

    d) à liberdade de consciência e de crença;

    e) ao livre exercício do culto religioso;

    f) à liberdade de associação;

    g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do voto;

    h) ao direito de reunião;

    i) à incolumidade física do indivíduo;

    j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional. (Incluído pela Lei nº 6.657,de 05/06/79)



     

  •    Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:
               (...)
               
    c) ao sigilo da correspondência;

                Bons Estudos!

  • A regra é ser crime conforme o art.3º, III 
    ENTRETANTO:
    Este direito fundamental poderia ser relativizado pela autoridade fiscal em questão, caso estivesse presente uma fundamentada suspeita.
    Como o caso não apresenta nenhuma suspeita, o crime estará constituído plenamente!
  • Perdoe-me colega, mas creio que somente diretor de penitenciária pode violar o sigilo de correspondência, e isso quando houver suspeita.
    Creio que isso não se extenda a fiscais ou qualquer outro funcionário público.
  • creio que a letra d tmb é correta...eventual ação penal poderá ser promovida pelo proprietário do estabelecimento comercial...por meio d epetição neh
  • Abuso de Autoridade:
     

    Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:

    a) à liberdade de locomoção;
              
               b) à inviolabilidade do domicílio;

    c) ao sigilo da correspondência;

    d) à liberdade de consciência e de crença;

    e) ao livre exercício do culto religioso;

    f) à liberdade de associação;

    g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do voto;

    h) ao direito de reunião;

    i) à incolumidade física do indivíduo;

    j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional.(Incluído pela Lei nº 6.657,de 05/06/79)

  • Dava para matar a questão por exclusão. Nada obstante, a questão deveria ser anulada porque faltou à agente o elemento subjetivo específico para os crimes de abuso de autoridade: a finalidade de abusar. Nesse caso, poder-se-ia falar até em violação de correspondência, mas jamais em abuso de autoridade.

    Nesse passo, o próprio enunciado afirma "para verificar se elas tinham alguma informação relevante sobre o faturamento da empresa". E vem a pergunta: cadê o elemento subjetivo específico?

    É difícil...
  • A palavra chave é INTENCIONALMENTE, como os crimes de abuso de autoridade só admitem forma dolosa, a letra (e) é a resposta correta.

  • XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; Fonte: Art. 5º, CF/88.


  • Embora o gabarito oficial seja "E", a letra "D" também está correta!

    Ora, sendo o crime de abuso de autoridade de ação penal pública incondicionada e se o Ministério Público não ajuizá-la dentro do prazo legal, a vítima (por exemplo) poderá ajuizar ação penal privada subsidiária da pública! O Código de Processo Penal expressamente diz:

    "Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal."

  • Discordo do colega abaixo quando ele aduz estar também a assertiva "D" correta. Visto que a regra é a ação penal pública e somente em caso de inércia do titular da ação penal (MP) é que caberia a ação penal privada subsidiária da pública. Ora, se se trata de uma exceção, deveria vir expressa na assertiva.
    Às vezes pecamos por justamente irmos além do que o examindor "quis" dizer na questão.

  • Discordo do gabarito.

    É pacífico que os crimes de abuso de autoridade carecem, além do dolo geral, da finalidade específica de exorbitar o poder atribuído, a "vontade de abusar" (sic).

    Embora a questão afirme que ela "abriu intencionalmente" as cartas, complementa a situação fática com  a expressão "para verificar se elas tinham alguma informação relevante sobre o faturamento da empresa", denotando que a servidora pretendia exercer as funções a ela atribuídas, e não deliberadamente violar correspondência.

    Como não há previsão de punição por abuso de autoridade culposo, a CONDUTA É ATÍPICA.

  • Gil Ribas,


    Apenas a título de complementação nos estudos, pelo que estudei até agora, a exceção quanto ao sigilo de correspondência aceito pelos tribunais superiores é o caso de diretor do presídio que intercepta e abre correspondência de preso após, por exemplo, ser informado por bilhete anônimo. Assim, creio que em qualquer outro caso o agente não pode arbitrariamente (sem permissão legal ou judicial) violar correspondência "apenas para verificar se elas tinham alguma informação relevante sobre o faturamento da empresa". A meu ver, trata-se sim de deliberalidade da servidora, pois não havia suspeita fundada ou investigação em curso com elementos que justificassem tal conduta; se abriu intencionalmente, não há que se falar em CULPA.

  • A o Abuso de autoridade assim que o agente exceda além da sua função, no caso a função dela é fazer a auditoria e não abrir as castas para saber se há mais ou menos faturas.

  • Constitui abuso de autoridade qualquer atentado ao sigilo de correspondências, desde que não sirva para salvaguarda de crimes.

  • Erro da alternativa 'D':

    Art. 12. A ação penal será iniciada, independentemente de inquérito policial ou justificação por denúncia do Ministério Público, instruída com a representação da vítima do abuso.

    Lei 4.898/65

  • erro da letra D)

    eventual ação penal poderá ser promovida pelo proprietário do estabelecimento comercial.

    quem promove a ação penal é o MP, o comerciante apenas pode representar (lembrando que a ação é pública incondicionada)

  • questão desatualizada.