SóProvas


ID
794311
Banca
FCC
Órgão
TST
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A frase que, segundo os preceitos da gramática normativa do português do Brasil, está correta quanto à regência é:

Alternativas
Comentários
  • A) A cada pequena discussão, costumava lhe chamar de aventureiro e até como irresponsável, e disso já se havia coletado muitas provas.

    ERRADO. O correto seria: A cada pequena discussão, costumava chamá-lo de aventureiro e até de irresponsável, e disso já se havia coletado muitas provas. (Dessa forma corrige-se o erro da sentença que na sua forma original apresenta dois objetos indiretos para o mesmo verbo (chamar), o que é um erro grave. Ou vc chama alguém de alguma coisa ou chama a alguém alguma coisa.

    B) 
    Nada daquela maluca versão interessava a ele, principal testemunha do caso, e por isso manifestou- se quanto à imediata retirada do indesejável depoimento.

    CORRETO.  O verbo em questão é MANIFESTAR-SE(verbo pronominal) e quem manifesta-se, manifesta-se "quanto a", ou "em relação a", portanto, a assertiva está correta. 

    C) 
     A afinidade entre os colegas intensificava-se ao mesmo tempo que seus estudos se desenvolviam, e disso surgiu uma amizade que todos tinham orgulho.

    ERRADO. Erro de regência verbo-nominal. Porque "quem tem orgulho, tem orgulho DE alguma coisa". Então, nesse caso, o correto seria:  A afinidade entre os colegas intensificava-se ao mesmo tempo que seus estudos se desenvolviam, e disso surgiu uma amizade DA QUAL todos tinham orgulho.

    D) 
    Sua obra é daquelas que se pode dizer tudo, menos que passará despercebida a futuras gerações, seja para negar-lhe méritos, seja para reconhecê-los.

    ERRADO. Erro na regência do verbo "dizer". Quem "diz alguma coisa, diz alguma coisa sobre ou de alguma outra coisa". Portanto, o correto seria assim: Sua obra é daquelas DAS QUAIS (ou DE QUE ou SOBRE AS QUAIS) se pode dizer tudo, menos que passará despercebida a futuras gerações, seja para negar-lhe méritos, seja para reconhecê-los.

    E) 
    Aquele professor é a verdadeira razão de que muitos estudantes decidiram dedicar-se à pesquisa, o que lhe faz ser constantemente mencionado como exemplo a ser seguido.

    ERRADO. Erro na regência nominal da expressão "verdadeira razão" e tb no "lhe"empregado posteriormente. O correto seria: Aquele professor é a verdadeira razão PELA QUAL muitos estudantes decidiram dedicar-se à pesquisa, o que O faz ser constantemente mencionado como exemplo a ser seguido.
    •  d) Sua obra é daquelas que se pode dizer tudo, menos que passará despercebida a futuras gerações, seja para negar-lhe méritos, seja para reconhecê-los.  
    • Estou com duvidas na parte que diz "..., seja para negar-lhe méritos,..." - esta correto mesmo? Alguem poderia explicar?
    •  
    • paulosoa,
      O verbo negar é transitivo direto e indireto. Quem nega, nega algo a alguém.
      seja para negar-lhe méritos = seja para negar méritos a ele
      seja para reconhecê-los = seja para reconhecer os méritos
      Espero ter ajudado!
      Bons estudos!
    • Há um segundo erro na alternativa A:
      ...e disso já se havia coletado muitas provas.
      Como haver não está empregado no sentido de existir, ele deve ser flexionado. Corrigindo:
      ... e disso já se haviam coletado muitas provas.
    • como dito pela colega acima, na opção (a) o verbo haver está colocado de forma errada. Deveria ter ido para o plural, para concordar com "muitas provas", uma vez que ele, nesse caso, não é impessoal.

      O que vale dizer também é que este é o único erro da opção (a). Não há erro algum quanto ao "lhe chamar".

      O verbo chamar pode ser transitivo direto ou transitivo indireto.

      É transitivo direto quando significa “convocar”, “fazer vir” e exige complemento sem preposição.

      - O professor chamou o aluno.

      É transitivo indireto quando significa “invocar” e é usado com a preposição “por”.

      - Ela chamava por Jesus.

      Com o sentido de “apelidar” pode exigir ou não a preposição, ou seja, pode ser transitivo direto ou transitivo indireto.

      Admite as seguintes construções:

      - Chamei Pedro de bobo. (chamei-o de bobo)
      - Chamei a Pedro de bobo. (chamei-lhe de bobo)
      - Chamei Pedro bobo. (chamei-o bobo)
      - Chamei a Pedro bobo. (chamei-lhe bobo)

       
    • Realmente, o primeiro colega se equivocou, já que é perfeitamente possível usar como regência do verbo chamar as preposições "de " e lhe"  numa frase.
      Concordo com o colega André perfeitamente, uma vez que a gramática tem embasamento para isso:

      "Chamar"

      ...transitivo direito ou transitivo indireto no sentido de denominar ou qualificar alguém. Nesse caso, o predicativo do objeto poder pser preposicionado ou não:
      Chamei-o   hipócrita.
      Chamei-o de hipócrita.
      Chamei-lhe hipócrita
      Chamei-lhe de hipócrita."

      Fonte:Nilson Teixeira de Almeida-Gramática completa para concursos e vestibulares, pg 303, ano 2009.
    • na letra d - depois da palavra despercebida teria crase também?

      Alguém poderia de ajudar nessa dúvida.
    • na alternativa D: "despercebida a futuras gerações"
      - sem crase: singular +  plural.
      - esse "a" é apenas uma preposição.

      de outro modo: "despercebida às futuras gerações"
      - com crase: plural + plural.                         
    • Concordo, mas achei que a alternativa B estava errada pelo trecho entre virgulas não existir verbo ",principal testemunha do caso," alguém pode me esclarecer? Obrigado
    • Amanda Nayara de Oliveira Chacon, o trecho está entre vírgulas porque é um aposto. Aposto é aquele trecho que inserimos no meio do período para explicar a palavra. O trecho "A testemunha do caso" está explicando a palavra ele. O aposto, inserido no meio do período obrigatoriamente deve ser intercalado por vírgulas. A dupla vírgula é obrigatória. Espero ter ajudado.
    • A)A cada pequena discussão, costumava lhe chamar de aventureiro e até como irresponsável, e disso já se havia coletado muitas provas. 

      O ERRO esta na preposicao COMO. 

      CHAMAR no sentido de:

      Classificar, qualificar,nomear. VTD ou VTI(a)

      ex.: Chamei o professor (de) inteligente. / chamei-o (de) inteligente.
              Chamei ao professor (de) inteligente. / chamei-lhe (de) inteligente.

      A preposicao DE é facultativa em "de inteligente", que é um predicativo do objeto.
    •  b) Nada daquela maluca versão interessava a ele, principal testemunha do caso, e por isso manifestou- se quanto à imediata retirada do indesejável depoimento.

      Para quem quis achar erro onde não tem, assim como eu:
      Por isso = CONJUNÇÃO COORDENATIVA CONCLUSIVA
      Algumas pessoas, assim comom eu, devem ter errado porque acharam que "por isso" é um fator de atração de próclise.
      Entretanto, apenas conjunções SUBORDINATIVAS são fatores de atração de próclise. 
      Por isso (hahahaha), o trecho com ênclise está correto.

       

    • Resposta: Letra B

      Letra A - ERRADO - A regência de "chamar" ("chamar a alguém de algo") exige que seja empregada a preposição "de" em vez de "como" ("... costumava lhe chamar de aventureiro e até de irresponsável..."). 

      Letra B - CERTO - De fato, uma possível regência para o verbo "interessar" é "algo interessa a alguém".

      Letra C - ERRADO - É necessário o emprego da preposição "em" antes do pronome relativo "que", uma vez que esta é solicitada pela forma verbal "se desenvolviam" (... intensificava-se ao mesmo tempo em que seus estudos se desenvolviam...). Além disso, é necessário o emprego da preposição "de" antes do pronome relativo "que", uma vez que esta é solicitada pelo nome "orgulho" (...surgiu uma amizade de que todos tinham orgulho.).

      Letra D - ERRADO - É necessário o emprego da preposição "de" antes do pronome relativo "que", uma vez que esta é solicitada pela forma verbal "dizer" (Sua obra é daquelas de que se pode dizer tudo... ).

      Letra E - ERRADO - Deve-se empregar a preposição "por" em vez da preposição "de", uma vez que esta é solicitada pela forma verbal "dedicar-se" (Aquele professor é a verdadeira razão por que muitos estudantes decidiram dedicar-se à pesquisa...)

      Prof.: José Maria C Torres

      TEC Concursos