Lawrence Kohlberg dedica-se a estudar o desenvolvimento moral do ser humano, retomando e aperfeiçoando o modelo piagetiano. Realizou estudos longitudinais nos Estados Unidos acerca do tema, utilizando-se de dilemas morais1, aos quais expunha indivíduos que entrevistava utilizando-se do método clínico, como Piaget, em suas pesquisas. Apresentava tais dilemas e pedia aos sujeitos que apontassem soluções aos mesmos sempre justificando seus dizeres. A seguir, analisava e categorizava as informações que obtinha considerando as justificativas, o valor moral intrínseco e os argumentos apresentados pelo sujeito participante da entrevista, detectando em qual nível a pessoa se encontra. Através do diagnóstico, propõe maneiras de intervir no intuito de fazer com que as pessoas caminhem de um nível de moralidade a outro subsequente.
Kohlberg criou diversos dilemas a fim de explorar o raciocínio da criança a respeito de um problema moral difícil, como o valor da vida humana ou as razões para fazer coisas “certas”, sendo um de seus mais famosos, o chamado “O Dilema de Heinz”.
Kohlberg baseou toda a sua teoria nesse pensamento de autonomia, para a formação de indivíduos verdadeiramente conscientes e comprometidos com pensamentos e atitudes morais. A teoria sustenta que o raciocínio moral, a base para a ética do comportamento, tem seis identificação dos estágios de desenvolvimento. Considera que o desenvolvimento moral se desenrola em seis estágios independentemente da cultura, grupo social ou país. Cada estágio apresenta características próprias, estando relacionado com a idade e representando um sistema de organização mais compreensivo e qualitativamente diferente do estágio anterior.