O século XIX conhece o apogeu dessas instituições,
sendo freqüente designar o período compreendido entre fins do século
XIX e meados da década de 1920 como a "era dos museus". Diversos museus
são criados na Europa nessa época: Museu de Versailles (1833), Museu de
Cluny e o Museu Saint-Germain (ambos fundados por Napoleão em 1862), o
Museu de antigüidades nacionais de Berlim (1830), o Museu Gemani de
Nuremberg, (1852), o Museu Nacional de Bargello, Florença, 1859, o
Kunsthistoriches Museum, em Viena (1891), entre outros. O museu vienense
se destaca por reunir - em um edifício em estilo renascentista,
especialmemente construído para esse fim - grande parte das coleções
imperiais dos Habsburgos. A marca distintiva da museologia do século XIX
é a especialização dos museus e, fundamentalmente, a separação entre
"beleza" e "instrução", que resulta na criação de museus que lidam com
artefatos científicos - os museus de história natural - e os que lidam
com objetos estéticos, os museus de arte. Nota-se também a emergência de
museus de artes decorativas e aplicadas e a forte inclinação didática
dessas instituições, pensadas em estreita relação com as escolas de
arte. No correr do século XX, os museus conhecem novas especializações.
São criados, por exemplo, museus especificamente dedicados à arte do
século XIX (o Musée d'Orsay, em 1986, voltado para a arte da segunda
metade do século XIX), outros dirigidos à arte moderna e à arte
contemporânea (por exemplo, The Museum of Modern Art, MoMA, 1929 e o
Whitney Museum of American Art, 1931, ambos em Nova York). Além disso,
museus organizados em torno de um artista se sucedem: o Museu Picasso de
Barcelona (1963) e o Museu Van Gogh em Amsterdã (1973), entre muitos
outros.
Fonte: http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3807