As ações socioeducativas com indivíduos, grupos e famílias no âmbito dos processos socioassistenciais ganham materialidade e legitimidade à medida que se inscrevem de forma articulada nos processos de trabalho compartilhados nas diferentes instituições, serviços ou programas. Trata-se de ações planejadas, equacionadas aos objetivos do Serviço Social e conectadas ao conjunto de outras ações desenvolvidas no âmbito dos processos socioassistenciais, dos processos de planejamento e gestão e dos processos político-organizativos.
Nessa perspectiva, a proposição dessas ações requer em primeiro lugar conhecimento. Conhecimento do espaço sócio-ocupacional e do campo em que o assistente social está inserido. Os espaços sócio-ocupacionais se organizam a partir de um conjunto de princípios e finalidades voltado, especialmente, à execução de determinadas políticas sociais.
(...)As ações socioeducativas requerem também conhecimento das demandas/necessidades dos usuários, tanto nas suas singularidades, como no conjunto dos usuários ao longo do tempo (conhecimento cumulativo).
(...)O conhecimento advindo das diferentes fontes e trabalhado de forma articulada é que torna possível a proposição e o planejamento das ações socioeducativas.
(...)As ações socioeducativas, que têm como objetivo precípuo desenvolver o processo educativo, são propostas que se constroem a partir do conhecimento e análise das necessidades postas pela totalidade dos usuários, pelas finalidades dos serviços e também pelas características dos territórios. (p.586-587)
Fonte: MIOTO, Regina Célia TamasO. Orientação e acompanhamento de indivíduos, grupos e famílias in: “Serviço Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais” (CFESS, 2009)